CONTAGEM REGRESSIVA PRÉ-HISTÓRICA: JURASSIC WORLD 1 & 2

Por Adilson Carvalho

22 anos depois do primeiro “Jurassic Park“, e 14 anos depois do terceiro filme, o mundo voltou a se empolgar com a franquia iniciada por Michael Crichton e Steven Spielberg. Licenças poéticas povoaram a imaginação do diretor Colin Trevorrow levando à realização de “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros” em (2015), sete anos depois da morte do autor. Carregado de referências aos filmes anteriores e com o casal Chris Pratt (Starlord de “Guardiões da Galaxia”), papel inicialmente pensado para Dwayne Johnson, e Bryce Dallas Howard a frente do elenco. O filme ainda aproveitou alguns elementos da história original como o diálogo entre o Dr. Wu (B.D Wong) e o Sr. Masrani (Irffan Khan). A chegada do Indominus Rex como o monstro da vez é aterrador e impulsiona a história tanto quanto o ataque do T Rex no primeiro filme. Na receita entram novas considerações sobre o avanço impensado da ciência e famílias partidas (os sobrinhos de Claire) lutando para não serem devoradas. Uma das ideias não aprovadas para a retomada da franquia foi o uso de soldados híbridos metade humanos, metade répteis. Spielberg colaborou com a ideia da girosfera, em vez dos jipes para conduzir os visitantes pelo parque.

Trevorrow acrescentou a cena do dinossauro sendo alimentado com tubarão como isca, o que serviu bem como piadinha interna, e referência ao famoso trabalho do início de carreira de Spielberg. O roteiro ainda previa a volta de Sir Richard Attenborough como John Hammond, mas sua saúde frágil não resistiu e o ator veio a falecer um ano antes do lançamento do filme. A estátua do personagem mostrada no filme foi uma boa maneira de homenageá-lo. A maioria do efeitos especiais foram puro CGI com algumas poucas cenas fazendo uso de animatronics como a dos raptores enjaulados com a cabeça sendo imobilizada.

         A chegada de “Jurassic World: Reino Ameaçado” (Jurassic World – Fallen Kingdom) veio no rastro de sucesso do reboot / sequência de 2015. O filme funcionou bem como ambos, dando sequência aos eventos dos filmes anteriores, apresentando novos personagens que caíam no gosto do público. Trevorrow continuou coo co-roteirista, mas desta vez a direção ficou com o diretor espanhol J.A Bayona (O Orfanato, O Impossível), que trouxe um clima mais assustador ainda para a história. Mais animatrônics foram empregados nas filmagens como forma de permitir maior interação com os personagens. As referências a elementos originais continuaram com uma pequena participação de Jeff Goldblum reprisando seu papel de Dr. Ian Malcolm. O T Rex que volta a aparecer é o mesmo do primeiro filme, sendo batizado de Roberta pelo supervisor de efeitos especiais Phil Tippett. A Ilha Nublar volta como elemento narrativo importante, mais próximo do livro de Crichton, que estabelecera em suas páginas que a ilha é vulcânica. Esse elemnto veio a desempenhar importante função no filme, que também se tornou o primeiro da franquia a ter uma cena pós crédito já prenunciando o terceiro filme, sexto levando-se em conta que envolve as duas gerações de personagens. Com certeza a franquia deve em breve deve gerar outros frutos, apesar de aparentemente apontar um final com “Jurassic World Dominion“. A cultura pop sempre acolheu bem esses animais pré históricos, até mesmo o genial Mauricio de Souza criou o simpático filhote de T Rex Horácio que é um sucesso nas hqs. Divertido como descer pela cauda de um brontossauro e gritar “IABADABADUU”!

Deixe um comentário