CONTAGEM REGRESSIVA PARA ELVIS – PARTE 2

Por Adilson Carvalho

Elvis Presley fez 33 papéis no cinema e foi interpretado em filmes e séries de Tv antes mesmo de Austin Butler. Depois de Kurt Russell na produção de Tv “Elvis Não Morreu” (1979), o rei do rock voltou a protagonizar duas produções curiosas e dignas de menção. Vamos a elas:

Em 1988, o diretor e roteirista Chris Columbus (Harry Potter & A Pedra Filosofal, Harry Potter & A Câmera Secreta, Esqueceram de Mim) realizou o quase que desconhecido “Uma Noite com o Rei do Rock” (Heartbreak Hotel). Na história, um adolescente (Charlie Schlatter) sequestra Elvis Presley (David Keith) após um show, em 1972, com a esperança de que o cantor anime sua mãe deprimida (Tuesday Weld). Cheio de referências ao ídolo a começar pelo nome do filme, mesmo nome da famosa canção lançada como single  em 27 de janeiro de 1956, pela primeira vez na gravadora, a RCA Victor. Na sequência em que Elvis (Keith) canta em um bar a partir de uma jukebox, a cena é uma recriação da mesma cena feita no segundo filme do rei “A Mulher que Amo” (Loving You) de 1957. O hotel em que o rei aparece hospedado se chama “Flaming Star” (Estrela de Fogo), nome do sexto filme do ídolo. Finalmente, a mãe deprimida é feita por Tuesday Weld, que trabalhou com Elvis em “Coração Rebelde” (Wild in The Country“) em 1961, sétimo filme estrelado por ele. Embora o roteiro seja uma narrativa extremamente fantasiosa, vale como diversão descompromissada no estilo de uma saudosa “sessão da tarde”.

Em 2005, “Elvis” foi uma premiada minissérie exibida em dois episódios. Estreou no canal de televisão CBS, nos Estados Unidos, a 8 de Maio de 2005, adaptando o livro “Elvis & Me“, co-escrito pela própria Priscilla Beaulieu Presley. O filme cobre 14 anos da vida do cantor desde seu início até a gravação do “Comeback Special” de 1968. Jonathan Rhys Myers teve elogiada atuação levando para casa o Golden Globe de melhor ator em mini-série, além de uma excelente atuação de Randy Quaid como o vilanesco Coronel Tom Parker, o empresário de Elvis que agora é vivido por Tom Hanks no filme dirigido por Baz Luhrmann. A esmerada produção consegue se aprofundar na transformação de um garoto do interior do Mississipi em um astro internacional embalado por várias canções icônicas como Love Me Tender, Don’t Be Cruel, Are You Lonesome Tonight? e a fabulosa “If I Can Dream“. O roteiro toma notável partido do ponto de vista de Priscila, mostrando incluindo o comentado affair entre Elvis e a cantora e dançarina Ann Margret (Rose MacGowan). Vale a pena rever.

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