Por Adilson Carvalho

Antes do lançamento de “Predador 2” (1990) nos cinemas, o personagem migrou para os quadrinhos através da editora Dark Horse Comics e escrita por Mark Verheiden. A história Concrete Jungle traz a criatura tocando o terror em plena Los Angeles, vindo a enfrentar o irmão mais velho de Dutch Schaefer – personagem de Schwarzenegger no filme de John McTiernan. Verheiden escreveu duas sequências “Cold War” e “Dark River“. AS DC Comics aproveitou a popularidade do alienígena caçador e publicou “Batman x Predador” em três miniséries (1991, 1995 e 1997), além de “Liga da Justiça x Predador” (2001). Já a Top Cow Comics providenciou “Tarzan x Predador” (1996) de Walt Simonson e Lee Weeks. O encontro mais esperado pelos fãs foi, no entanto, “Alien x Predador“, também publicado pela Dark Horse em 1999, de Ian Edington e Alex Maleev. A história traz referências a personagens e momentos que apareceriam em outras momentos dos personagens com arte magnífica e texto bem desenvolvido. Hollywood se animou a levar o embate para as telas, principalmente depois da bilheteria de “Freddy X Jason” (2003).

A hq de Dark Horse acabou sendo melhor que o filme “AVP (Alien X Predador), que veio a ser dirigido por Paul W.S.Anderson. Na história, uma pirâmide é encontrada sob o gelo antártico e e uma equipe de cientistas, arqueólogos e engenheiros decide explorá-la. A equipe descobre que a pirâmide abriga duas espécies de alienígenas. Uma delas considera os humanos incubadores para seus jovens. A outra espécie é de atletas intergalácticos que caçam seus opostos por diversão. O resultado foi uma coleção de clichês mal costurado, muito abaixo dos filmes que originais de ambos os monstros. Provando a máxima que diz que nada é tão ruim que não pode ser piorado, tivemos a continuação “Alien X Predador 2” (2007) dirigido por Greg e Colin Strause. O resultado …? Um horror.

O Predador ainda teve mais dois filmes solo, que demoraram a acontecer. Em 2010 “Predadores”, produzido por Robert Rodriguez, estrelado por Adrian Brody, Topher Grace, Danny Trejo, Mahershala Ali e nossa querida Alice Braga. Na história um grupo de humanos é levado a um lugar desconhecido para serem caçados pelos predadores. O filme não empolga e o elenco de bons atores não tem nada a fazer além do trivial. Acabou não funcionando para redirecionar a franquia. Esta ganhou nova chance em 2018 quando Shane Black, que havia sido parte do elenco do filme original (aqueles mesmo com Arnold Schwarzennegger), assume a direção de uma tentativa de reboot, que também não funcionou. A história é de uma perseguição entre naves alienígenas que traz à Terra um novo predador, que acaba sendo capturado por humanos. Antes disso, ele tem seu capacete e bracelete roubados por Quinn McKenna (Boyd Holbrook), um atirador de elite que estava em missão no local onde a nave caiu. A bióloga Casey Brackett (Olivia Munn) é chamada para examinar o ser recém-descoberto, mas ele logo consegue escapar do laboratório em que é mantido em cativeiro. Que o novo filme da série, que estreia nesta sexta no Star Plus possa renovar a franquia e justifique a fala do filme de 1987 que dizia “Se sangra, pode ser morto“, mas também pode divertir.