DIRETO DA BAT-CAVERNA 2: O BATMAN DE TIM BURTON / PREPAREM-SE PARA O BATMANDAY.

Por Adilson Carvalho

Michael Keaton & Jack Nicholson

Passaram praticamente 20 anos para que fosse anunciado um novo projeto de levar as Hqs de Batman para as telas. Na verdade, desde 1980 já existia um roteiro escrito por Tom Mankiewicz (co-autor de “Superman o Filme”), mas este foi descartado quando, em 1986, Tim Burton (vindo do sucesso de “Beetlejuice – Os Fantasmas de Divertem”) já havia sido contratado pela Warner (dona dos personagens da DC Comics) como diretor. Depois de cogitarem nomes como Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Tom Cruise, Emilio Estevez, Kurt Russell, Jeff Bridges, Harrison Ford entre outros , o escolhido foi Michael Keaton para o papel de protagonista, o que desagradou a muitos fãs, já que o ator não tinha o tipo físico adequado ao papel. Contudo, quando cartazes expondo o  bat-sinal se espalharam pela cidade antecipando a estreia no Brasil, que aconteceu em Outubro de 1989, o filme veio a se tornar um sucesso acumulando uma bilheteria mundial acima de $300 milhões. A cenografia de Anton Furst conferiu nas telas um visual impressionante embalado pela trilha sonora de Danny Elfman.

Michael Keaton & Kim Basinger

O filme “Batman” peca, no entanto, por algumas liberdades tomadas com o roteiro que muda a origem do herói transformando o Coringa no assassino dos pais de Bruce Wayne, apenas para produzir um efeito de causa e consequência ligando herói e vilão, mas que nada tem a ver com a HQ original. Os papéis secundários estavam rasos ainda que interpretados por atores de renome como Jack Palance (o gangster Carl Grisson) e Kim Basinger (a repórter Vicky Vale – interesse romântico de Bruce Wayne criado por Bob Kane nos anos 40). A caracterização se sobressaiu tão acima do roteiro de Sam Hamm que o papel do herói fica à sombra da atuação de Jack Nicholson como Coringa (em papel antes pensado para Robin Williams) que monopoliza as atenções e rouba o filme para o palhaço. O contrato de Nicholson foi milionário ficando com um percentual da bilheteria mundial e royalties dos produtos licenciados. Sem dúvida, o palhaço riu por último!

Michelle Pfeiffer & Danny DeVito

Em 1992, Burton e Keaton voltam para “Batman- O Retorno”, com o visual ainda mais dark e um roteiro melhorado que coloca Batman contra o Pinguim (Danny DeVito) que concorre para prefeito de Gotham City, uma ideia que chegou a ser explorada no antigo seriado de TV. Burguess Meredith, que interpretou o Pinguim anteriormente chegou a ser considerado para uma aparição,  mas problemas de saúde o impediram. Uma presença muito forte no filme é Selina Kyle, a Mulher-Gato, papel cobiçado por muitas atrizes e que ficou com Michelle Pfeiffer (Miauuuuuuuuuuuu!). Novamente, os vilões eclipsam o herói que ainda enfrenta um terceiro antagonista, o empresário corrupto Max Schreck (homenagem ao ator que interpretou Nosferatu do clássico de F.W.Murnau) interpretado por Christopher Walken. O resultado foi uma história muito melhor, com Michael Keaton ainda mais à vontade no papel duplo de Bruce Wayne/Batman. Apesar de já ter emplacado uma segunda Batmanina, os executivos da Warner queriam mais, o que levaria à saída de Michael Keaton e Tim Burton no filme seguinte. Semana que vem, descubra que história é essa no bat artigo seguinte.

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