Poltrona 3

por Sérgio Cortêz

“Disque M Para Matar” (1954)

Direção: Alfred Hitchcock

Elenco princial: Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings, John Williams e Anthony Dawson.

E na estreia da coluna Poltrona 3, um dos mais conhecidos filmes dirigidos pelo Mestre do Suspense, Alfred Hitchcock: “Disque M Para Matar”.

Ambientada em Londres, a trama gira em torno do ex-tenista Tony Wendice (Milland), que decide livrar-se de Margot (Kelly), sua esposa, de forma a herdar seus bens e ainda vingar-se por uma traição cometida cerca de um ano antes, quando Margot viveu um affair com o escritor Mark Hallyday (Cummings). Wendice então chantageia Charles (Dawson), um antigo colega de faculdade com ficha criminal, para estrangulá-la e simular um latrocínio. Porém algo dá errado e, com a entrada do inspetor-chefe Hubbard (Williams) na investigação, Tony Wendice se vê forçado a encontrar uma maneira de manipular os acontecimentos de forma a tirar proveito dos mesmos e ainda manter-se livre de qualquer suspeita.

Bom

Não, este não é um dos melhores filmes do Mestre do Suspense. Sequer é um filme de suspense, flertando mais com o gênero policial. Grace Kelly não teve uma de suas melhores atuações, embora a cena do estrangulamento seja perfeita – não dá para esperar menos de Hitchcock. Diálogos e explicações longas demais deixam o filme cansativo em determinados momentos e algumas adivinhações do inspetor-chefe Hubbard são de dar inveja a Sherlock Holmes e Mãe Dinah. Apesar de tudo isso e de uma produção relativamente tosca (impossível não notar algumas cenas rodadas com atores à frente de uma tela), o filme consegue prender o espectador na cadeira, ansioso por saber se Tony Wendice vai se dar bem ou mal ao final da trama. Para alguém que nunca assistiu uma película de Alfred Hitchcock, clássicos como “Janela Indiscreta”, “Pacto Sinistro” e “Psicose” são mais indicados – melhor deixar “Disque M Para Matar” quando não tiver nada para fazer.

Poltrona 3 é uma criação coletiva dos colunistas Adilson Carvalho, Paulo Telles e Sérgio Cortêz. Confira abaixo os conceitos por Emoji atribuídos aos filmes.

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