Por Adilson Carvalho

Eu a conheci como a mãe de Elvis no clássico “Feitiço Havaíano” (Blue Hawaii – 1961), mas também como a jovem Semadar em “Sansão & Dalila” (Samson and Delilah – 1949). Anos mais tarde, já uma senhora foi a escritora/detetive Jessica Fletcher na longeva série “Assassinato por Escrito” (Murder She Wrote – 1984/1996). A atriz britânica Angela Lansbury (1925-2022) nos deixou enquanto dormia em sua casa. Uma das últimas lendas ainda vivas da era de ouro de Hollywood, foi agraciada com o título de Dama do Império Britânico em 2014. Cinco vezes premiada com o Tony, o mais importante do teatro americano, além de ter sido indicada três vezes ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, pelos filmes “À meia luz” (Gaslit – 1944), “O retrato de Dorian Gray” (The Picture of Dorian Gray – 1946) e “Sob domínio do mal” (The Mandchurian Candidate – 1963), e recebido um prêmio honorário pela carreira no cinema em 2013. Também teve 12 indicações ao Emmy e ganhou o Globo de Ouro três vezes. Sua carreira prolífica atravessou gerações, destacou – se em uma diversidade de papéis em filmes como “O Mercador de Almas” (The Long, Hot Summer, – 1958), “Brotinho Indócil” (The Reluctant Debutante, 1958), “Se Minha Cama Voasse” (Bedknobs and Broomsticks – 1971), “Morte Sobre o Nilo” (Death on the Nile – 1978) e “A Maldição do Espelho” (The Mirror Crack’d – 1980). Na animação fez para a Disney a voz do bule de chá na animação “A Bela e a Fera” (Beauty and the Beast – 1991) e também dublou a emperatriz na animação “Anastásia” (Anastasia – 1997), da Fox. Seus últimos trabalhos foram Em 2018 a Disney a homenageou com uma tocante participação em “O Retorno de Mary Poppins” (Mary Poppins Returns – 2018), que também tinha no elenco o veterano Dick Van Dyke, astro do filme original (1964) e com quem também estrelou o natalino “A Magia de Acreditar” (Buttons, 2018). Descanse em paz, grande dama.