Por Adilson Carvalho

1) PROFESSOR MARK TACKERY (Sidney Potier em “Ao Mestre com Carinho” em 1967). Esse clássico absoluto nos mostra um engenheiro (Potier) que assume o magistério em uma escola de bairro operário Londrino e enfrenta a hostilidade de uma juventude desiludida com o amanhã. Como na canção tema na voz de Lulu, ele ensina que se chegar ao céu é o que você deseja, o professor é que vai levá-lo às alturas para escrever em meio às nuvens. O final do filme, a cena do baile de formatura em que Potier dança com Judy Geeson é antológica.

2) PROFESSOR JOHN KEATING (Robin Williams em “Sociedade dos Poetas Mortos” de 1989). O professor como a figura inspiradora e libertadora que leva seus alunos a desenvolverem sua individualidade e o pensamento próprio. “Carpe Diem”. Tornem suas vidas algo extraordinário” é a fala do personagem de Williams que usa em sua aula de literatura uma energia contagiante e lúdica muitas das vezes impossível de se conseguir na vida real, em nossa realidade em que sobreviver ganha mais ênfase que o ato de criar pensadores. Ainda assim, subamos nas carteira em brado uníssono para dizer “Oh Captain, my Captain !”. Uma curiosidade, a princípio este filme de Peter Weir seria dirigido e protagonizado por … Dustin Hoffman, antes de cair nas mãos de Peter Weir e Robin Keating, digo Williams !!

3) PROFESSOR WILLIAM HUNDERT (Kevin Kline em “O Clube do Imperador” de 2002). Espécie de “Sociedade dos Poetas Mortos” voltado para a história. Mostra o impacto da vida de um professor que acredita poder fazer a diferença na vida de seus alunos através de um concurso que explora o conteúdo histórico e filosófico da antiga Grécia, berço de nossa civilização. Kevin Kline chegou a frequentar várias aulas e a lecionar temporariamente como laboratório para o papel inspirado na vida do professor Robert Nowe, que lecionou em São Francisco e cuja trajetória foi aqui adaptada.

4) PROFESSOR DEWEY FINN (Jack Black em “Escola de Rock” de 2003). Tudo bem que Jack Black se faz passar por professor para ganhar uns trocados, mas sua convivência com os alunos para os quais leciona e divertida. A música também pode ser elemento didático e aliado ao humor torna a docência nas telas uma experiência deliciosa. Pena, que a vida não imite a arte.

5) PROFESSORA ERIN GRUWELL (Hillary Swank em “Escritores da Liberdade” em 2007). Baseada na professora que escreveu o livro “The Freedom Writers Diary”, o filme é uma lição de tolerância e de respeito além do estímulo para ir além da sala de aula, além do ensino médio e sobretudo capaz de fazer da linguagem uma força libertadora que sobrepõe toda a dificuldade do meio sobre o individuo. Belíssimo trabalho de Hillary Swank, oscarizada em “Meninos não Choram” e “Menina de Ouro”.