GALERIA DE ESTRELAS – INGRID BERGMAN – 40 ANOS DE SUA MORTE

Por Adilson Carvalho

Ingrid Bergman

Ingrid Bergman (1915-1982) foi uma das maiores atrizes da clássica Hollywood era também uma mulher de forte personalidade capaz de corajosamente enfrentar os desafios de uma mudança radical, atuar em diversos papeis sem jamais ficar presa a um único tipo. Dona de uma beleza despretensiosa, mas notável, Ingrid Bergman impressionou o público com seus lábios carnudos, 1,75 m de altura e uma classe indisfarçável que a fez uma das atrizes mais oscarizadas no cinema. Nascida em Stokolmo, na Suéçia, dez anos depois que Greta Garbo (1905-1990), outra sueca que conquistou Hollywood. Filha única, sua mãe era alemã e morreu quando Ingrid tinha apenas dois anos e seu pai, que era um artista e fotógrafo, sonhava que Ingrid viesse a se tornar uma estrela da ópera, mas morreu quando ela ainda tinha 13 anos. Com isso, ela foi enviada para morar com uma tia, que veio a morrer de doença cardíaca apenas seis meses depois. Ela foi morar então com uma outra tia Hulda, até receber uma bolsa de estudos para a Royal Dramatic Theatre School, a mesma em que Greta Garbo havia estudado, e onde ela encenou seus primeiros passos no palco, e pouco depois em um estúdio de cinema sueco. A primeira chance de Bergman nos Estados Unidos veio quando o produtor de Hollywood David O.Selznick a contratou para estrelar “Intermezzo: A Love Story” (1939), um remake de seu filme homônimo de 1936, feito na Suécia. Seu marido, Dr. Petter Lindström, permaneceu na Suécia com sua filha Pia (nascida em 1938).

Casablanca

            Em Hollywood, Ingrid causou incômodo já que não falava inglês, era muito alta, seu nome soava muito alemão e as sobrancelhas eram muito grossas. Profissionais de Hollywood queriam mudar seu rosto e seu nome, mas a personalidade da atriz prevaleceu. Em 1941, chamou a atenção no papel de uma prostituta em “O Médico & O Monstro” (Dr. Jekyll e Mr. Hyde) contracenando com Spencer Tracy. No ano seguinte estrelou um filme que seria um marco em sua carreira: “Casablanca”  (1942) ao lado de Humphrey Bogart, no papel de Ilsa, a bela esposa norueguesa de Victor Laszlo, (Paul Henreid). A bela atriz não considerava “Casablanca” como uma de suas atuações favoritas.  Em seguida, trabalhando com Selznick, aceitou o papel de Maria em “Por Quem Os Sinos Dobram” (For Whom the Bell Tolls), recebendo sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Nesta fase de sua carreira trabalhou sob a batuta de Alfred Hithcock, Leo McCarey, Victor Fleming e George Cukor, ganhando o Oscar de melhor atriz por ” À Meia Luz” (Gaslight) em 1944. Um divisor de águas em sua vida foi quando conheceu o diretor italiano Roberto Rossellini, a quem muito admirava. Em 1949, Bergman escreveu para Rossellini, expressando seu desejo de que fizessem um filme juntos, que veio a ser “Stromboli” (1950). Durante a produção, Bergman manteve um romance com Rossellini, e a atriz engravidou pouco depois causando um enorme escândalo nos Estados Unidos. Ingrid foi denunciada no plenário do Senado dos Estados Unidos, e declarada persona non grata. A atriz retornou à Itália, deixando seu marido e filha, passando por um complicado divórcio. Juntos tiveram três filhos e fizeram cinco filmes entre 1949 e 1955, terminando o casamento em 1956.

recebendo seu terceiro Oscar

Bergman fez um retorno triunfante para o cinema americano em “Anastácia – A Princesa Esquecida” (Anastasia) levando o Oscar de Melhor Atriz pela segunda vez. A atriz foi aplaudida de pé depois de ser apresentado por Cary Grant na cerimônia do Oscar de 1958, iniciando uma segunda fase em sua carreira hollywoodiana, estrelando filmes e peças de teatro. Em 1972, o senador Charles H. Percy entrou com um pedido de desculpas no Registro do Congresso pelo ataque feito a Bergman 22 anos antes. Bergman tornou-se uma das poucas atrizes a receber três Oscars quando ganhou seu terceiro (e primeiro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante) por seu desempenho em “Assassinato no Expresso do Oriente” ( Murder on the Orient Express ) em 1974.

Homenagem a Ingrid Bergman em 1979

Cinco anos depois foi homenageada na TV em um especial no qual Frank Sinatra cantou a emblemática “As Time Goes By”, tema de “Casablanca“. Sua última atuação foi no filme ´para Tv “Uma Mulher Chamada Golda” (A Woman Called Golda) no papel da primeira-ministra israelense Golda Meir, pelo qual recebeu postumamente o prêmio de melhor atriz em minisérie no Emmy e no Globo de Ouro. Bergman morreu em 29 de agosto de 1982 em seu aniversário de 67 anos em Londres, em decorrência de um câncer de mama. Seu corpo foi cremado no cemitério verde de Kensal, Londres, e suas cinzas retornaram a Suécia

Deixe um comentário