A MORTE DO SUPERMAN – 30 ANOS

Por Adilson Carvalho

Matar um dos mais icônicos heróis da cultura pop foi uma atitude audaciosa, mas extremamente comercial da DC Comics. O arco A Morte do Superman foi elaborado pela equipe criativa Dan Jurgens e Brett Breeding, Roger Stern, Butch Guice, Louise Simonson, Jon Bogdanove, Jerry Ordway e Tom Grummett atingiu enorme sucesso quando inicialmente publicado no final de 1992 sendo desenvolvido pelos títulos do personagem. Amplamente coberto pela mídia jornalística internacional, o arco alcançou um grau de popularidade tão grande que chegou a ser tema de redação da UFRJ. Já houve, no entanto, uma morte de Super-homem em 1961, publicada em Superman #149, 1ª série, datada de novembro de 1961. Como de costume naquela época, a história era parte de uma realidade de sonho, fora da continuidade oficial da série, e foi escrita por Jerry Siegel (1914-1996) co- criador do herói, com desenhos de Curt Swam (1920-2006) com arte-final de Stan Kaye. Embora vários vilões já tivessem chegado perto de matar o último filho de Krypton, nem Lex Luthor, Brainiac ou Darkseid conseguiram. O assassino do homem de aço foi o monstro Apocalipse, cuja origem só seria revelada dois anos depois na mini-série “Superman/Apocalipse: Hunter/Prey“. Depois de derrotar toda a Liga da Justiça, e espalhar um rastro de destruição em Metropolis, o monstro apelidado de Doomsday (Apocalipse) mata o Superman em meio a uma luta descomunal. Após o funeral, surgem quatro substitutos, entre eles um cyborg com planos de destruição de massa, até que o Superman original retorna de sua suposta morte.

No filme animado Superman: Doomsday (2007), a saga é adaptada, mas com algumas alterações. Entre elas: Superman e Lois estão namorando, mas ele ainda não lhe revelou que é Clark, embora ela já o saiba. Lex Luthor II, o clone jovem de Lex, e Supergirl não aparecem como na hq original. Ao invés disso, quem aparece é o Lex original. A batalha entre os dois ocorre à noite e não de dia, e ao invés de surgirem quatro Super-Homens, só aparece um, que nada mais é que um clone criado por Luthor. Exibido inicialmente no Cartoon Network, o longa segue a cronologia das séries do Universo Animado DC. Em 2018, a DC decidiu refilmar a história em “The Death Of Superman” (2018), mantendo-se mais fiel ao material dos quadrinhos, e abordando o retorno do herói em outro longa. A primeira adaptação live action da história foi na oitava temporada da série Smallville com Tom Witwer no papel do paramédico Davis Bloome, que se revela depois como a identidade humana de Apocalipse.

A morte do Superman teve um grande impacto também no Snyderverse, adaptado no filme Batman vs Superman : A Origem da Justiça (2016) em que no final do filme Batman (Ben Affleck), Mulher Maravilha (Gal Gadot) e Superman (Henry Cavill) enfrentam o monstro Apocalypse, uma criatura criada por Lex Luthor (Jesse Eisenberg) a partir das células combinadas do General Zod (Michael Sheen) e o próprio Lex Luthor. Superman consegue matar o vilão, mas o monstro o leva junto com ele. É a morte do Superman que inspira Batman a começar a formar a Liga da Justiça, levando ao filme de 2017. Tanto as animações quanto as versões live-action estão disponíveis na HBOMAX. Já os quadrinhos da saga você pode encontrar na Metropolis Livraria, Rua Dias da Cruz, 203 – Loja 11 Galeria – Méier, Rio de Janeiro – RJ, 20720-010.

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