Por Adilson Carvalho

AVATAR O CAMINHO DA ÁGUA

Quando Avatar chegou aos cinemas em 2009 provocou um grande impacto em suas imagens do mundo imaginário de Pandora, cores e formas de realismo impressionante que redimensionou o 3D. Sua história não disfarçava a simplicidade do romance entre Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana) remetendo a Pocahontas e John Smith, mas a enriquecia com discussões sobre preservação ambiental e cultural. O épico de James Cameron quebrou recordes de bilheteria e venceu 3 Oscars (melhor fotografia, efeitos visuais e direção de arte, de um total de 9 indicações, mas foi escolhido como melhor filme e melhor direção pelo Globo de Ouro. Foram 13 anos até que Cameron se satisfizesse com a evolução técnica para regressar a Pandora, não apenas para continuar a história do povo Na’vi, humanóides que vivem em total comunhão com seu mundo, mas para aprofundá-la, explorar seus mares e trazer novas camadas que reflitam nossa própria natureza, e talvez nosso destino como espécie. Sim, o propósito é audacioso e pretensioso, mas o que dizer do cineasta que nos deu Titanic (1998), e que ambiciona ainda produzir mais 4 filmes, caso o público assimile bem essa sequência. Avatar : O Caminho da Água (Avatar – The Way of the Water) mostra a família formada por Jake Sully e Ney’tiri que deixam seu lar para explorar as regiões de Pandora quando uma antiga ameaça ressurge, colocando Jake novamente em uma guerra contra os humanos. Em sua jornada, encontram o clã Metkayina, liderado por Tonowari (Cliff Curtis) e Ronal (Kate Winslet). Também reencontramos o vilanesco Coronel Quaritch (Stephen Lang) e conhecemos Kiri, a filha de Jake e Ney’tiri, vivida por Sigourney Weaver. Visualmente esplendoroso, e não podíamos esperar menos de Cameron, o filme é um espetáculo cinematográfico com todas as características de um épico, saltando aos olhos com aa filmagens realizadas em uma câmera inovadora (Venice) providenciada por Cameron para que as imagens de Pandora fossem ainda mais reais que o filme de 2009. Kate Winslet fez as próprias cenas embaixo d’água e quebrou o record de filmagem debaixo d´água, com 7 minutos e 14 segundos, que antes pertencia a Tom Cruise em Missão Impossível Nação Secreta onde gravou por 6 minutos seguidos. Preparem se para uma nova experiência em Pandora, e aguardemos o que Cameron guarda para uma possível continuação.