A CAMINHO DO OSCAR 2023 – PARTE I TOP GUN MAVERICK

Por Adilson Carvalho

Vamos iniciar um novo ciclo de histórias focando nos indicados aos Oscar 2023, e para começar falamos de nostalgia e velocidade máxima no ar com Tom Cruise em Top Gun Maverick. O filme surpreendeu a todos pois se tarta de uma sequência tardia realizada 36 anos depois do hit “Take my breath away“, da banda Berlin, embalando o romance entre um piloto audaz (Tom Cruise) e uma instrutora (Kelly McGillis). “Top Gun – Asas Indomáveis” foi um dos maiores sucessos da mesma década que trouxera “Blade Runner“, “Caça-Fantasmas“, “Um Príncipe em Nova York“, todos visitados tardiamente em uma Hollywood cada vez mais inclinada em obter lucro rápido. Não que o novo Top Gun Maverick não vale a pena, pelo contrário, ovacionado em Cannes e carregando uma grande expectativa já há três anos, depois de sucessivos adiamentos devido à pandemia. O filme de Joseph Kasinksi (Oblivion, Tron o Legado) tempera bem a nostalgia com o amadurecimento, seja de seu intérprete hoje com aos 59 anos ou de seu público. A história traz de volta Peter “Maverick” Mitchell como um oficial condecorado e reconhecido, mas rebaixado a instrutor de uma nova geração de pilotos. Maverick pode estar mais experiente, mas não deixa de lado sua rebeldia, desafiando o investimento em drones e insistindo que a essência humana ainda é superior às máquinas. No processo ainda acha um tempo para romance com Penny Benjamin (Jennifer Connelly), persoangem mencionada mas que nunca apareceu no filme original. Mas o reencontro com o passado está marcado quando o audaz piloto conhece o filho de seu velho amigo Goose, o jovem Bradley (Miles Teller).

O realismo das cenas de vôo é a marca registrada do Sr. Missão Impossível que garantiu o uso de caças reais, apenas abrindo mão para a inclusão do CGI nas cenas do F-14 Tomcat, que não é mais fabricado. Se por um lado os fãs sentirão falta de Kelly McGillis, que aos 64 anos nem sequer foi convidada a integrar o elenco desta sequência. Já Val Kilmer volta com seu personagem mas tem sua voz recriada digitalmente devido ao câncer de garganta. Atenção para a não inclusão de cena pós crédito, logo não perca seu tempo ao final. O filme, no entanto, se firma como um grato reencontro, embalado pela voz de Lady Gaga, mostrando que os filmes dos anos 80 tem muito fôlego ainda para divertir. O filme está indicado a 4 Oscars: Melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor montagem e melhor efeitos visuais. Disponível no Paramount Plus.

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