Por Adilson Carvalho

Histórias de lobisomens não guardam nenhuma novidade e raramente trazem algum frescor. O escritor Espen Aukan, que fizera o Troll da Montanha (Também disponível na Netflix), juntou-se ao diretor Stig Svendsen para essa variação da licantropia mergulhada nos mitos escandinavos. Ambos escreveram o roteiro pensando em homenagear Thriller, de Michael Jackson e chegaram a pensar em usá-lo como título de sua produção quando decidiram por Lobo Viking. A história é de Thale Berg (Elli Rhiannon Müller Osborne), uma adolescente que acaba de se mudar para uma cidadezinha testemunha um assassinato brutal. Depois disso, ela começa a ter visões e desejos bizarros à medida que sua mãe, a policial Liv Berg (Liv Mjones) investiga mortes misteriosas causadas por um lobo gigante. O filme de Svendsen consegue em sua mistura de terror banal e mitologia nórdica seguir interessante até a primeira metade, quando tudo se torna uma coleção de clichês com direito a homenagem a Tubarão de Steven Spielberg (a cena da autópsia do lobo) e até mesmo ao icônico clip de Michael Jackson na cena em que Thale causa sua primeira morte, a do namorado (Sjur Vatner Brean). Previsível desde entãõ tem a figura da criança inocente, surda muda, a pequena Jenny (Mia Fousshaug Laubacher) única que consegue acalmar a fera que já foi humana. Se você gosta de filme de lobisomens, este acaba sendo mais um entre tantos outros que falham em criar um espetáculo de horror mais envolvente. Parabéns ao menos para e eficiente dublagem brasileira que traz o excelente Elcio Romar como Lars Brodan (Stale Bjornhaug), o caçador de lobisomens, além de nomes como Felipe Drummond. Priscila Amorim, Ana Elena e grande elenco. Um exemplo de como uma boa dublagem pode salvar um filme meramente mediano. (Disponível na Netflix)
