LOUCURAS DE E BROOKS 3: A ULTIMA LOUCURA DE MEL BROOKS

Por Adilson Carvalho

Depois de conseguir fazer um filme em preto e branco, contrariando a expectativa do estúdio e do público, Mel Brooks foi ainda mais longe ao decidir fazer um filme mudo. Somente a comicidade insana de Mel poderia ser tão audacioso em A Última Loucura de Mel Brooks (Silent Movie) em 1976. Na história Mel Funn (Brooks) é um diretor de comédias que planeja sua volta triunfante a Hollywood com o projeto audacioso de fazer um filme mudo. Assim reúne seus amigos Dom Bell (Dom DeLuise) e Marty Eggs (Marty Feldman) para ajudá-lo a conseguir grandes astros para atuar e assim conseguir tornar a obra mais vendável. Enquanto os credores do estúdio tenham sabotar o filme, o trio simpático Mel / Don / Marty cerca de forma inustitada os astros Liza Minelli, James Caan, Paul Newman e Burt Reynolds, cada um destes aparecendo como eles mesmos. A sequência do banho de Burt Reynolds com as mãos do trio aparecendo para ajudá-lo no banho é uma das melhores. Durante todo o filme, o trio recria o humor físico de Os Três Patetas, a inventividade mágica de Chaplin e até mesmo o nonsense irrefreável dos Irmão Marx. Vale tudo para encadear uma gag atrás da outra.

O anos 70 pareciam querer revisitar os primórdios do cinema em filmes como Valentino – O Ídolo, o Homem (1977), O Maior Amante do Mundo (1977), Do Oeste Para a Fama (1975), O Último Magnata (1976) e O Dia Do Gafanhoto (1976). Mel Brooks seguiu o ciclo de revisitações ousando por escolher realizar seu filme inteiramente silencioso, sendo uma única fala registrada pelo ator e mímico francês Marcel Marceau, que nunca falava nos seus próprios filmes, e aqui diz apenas “Non“. Foi o primeiro filme mudo desde Tempos Modernos (1936) de Chaplin e provou a criatividade inesgotável de Mel Brooks, que neste filme fez pela primeira vez um papel de protagonista e contracenou com sua esposa, a atriz Anne Bancrorf..

Embora não seja meu melhor trabalho, é sem duvida bastante inventivo e curioso, assegurando boas gargalhadas. Mudando da água para o vinho no próximo artigo vamos ver o que Mel Brooks fez com os filmes de Hitchcock.

Deixe um comentário