Por Adilson Carvalho

Em 95 anos de celebração da sétima arte, O Oscar coleciona vários casos de Vitória duvidosa e decepções ao negar a honraria que deveria de fato celebrar. São os injustiçados históricos, quer seja recentemente ou não marcaram a história da premiacão. Vejamos alguns casos:
#1. Em 1999 Gwyneth Paltrow venceu o Oscar de melhor atriz por Shakespeare Apaixonado, um trabalho apenas regular que, no entanto, tirou a estatueta de ouro das mãos de nossa querida Fernanda Montenegro cuja atuação em Central do Brasil é muito superior a de Paltrow.
#2. Em 1954 Judy Garland concorreu ao Oscar de melhor atriz por Nasce Uma Estrela, sendo então considerada a favorita na categoria. Como estava para ter um bebê, instalaram no quarto do hospital câmeras e toda uma parafernália na certeza de que ela ganharia. Mas a vencedora foi Grace Kelly por Amar é Sofrer. A equipe desligou tudo imediatamente sem nada dizer, mas deixando um ar de constrangimento para Judy, que concorreria novamente em 1961 por Julgamento em Nuremberg, perdendo agora para Rita Moreno por Amor Sublime Amor. Judy morreria sem jamais ter outra chance ficando apenas com uma réplica em miniatura do Oscar ganha por O Mágico de Oz em 1939, que não foi um prêmio competititvo.

#3. Alfred Hitchock é o mestre do suspense, considerado até hoje um dos maiores diretores de cinema. Mas ainda que Rebeca – A Mulher Inesquecível tenha ganhado como melhor filme em 1940, Hithcock perdeu e nunca ganhou ou foi indicado a um Oscar recebendo apenas um prêmio Irving Thalberg em 1968, um prêmio bem secundário dado àqueles “cujo principal trabalho reflete uma constante produção de filmes de qualidade”, e não podia ter deixado sua irritação mais clara: seu discurso de agradecimento se limitou a “obrigado… mesmo”
#4. Assim como Hitchcock, Stanley Kubrick de Spartacus e 2001 Uma Odisseia no Espaço, Orson Welles de Cidadão Kane e Charles Chaplin nunca ganharam um Oscar. Chaplin, no entanto, depois de exilado na Suíça por décadas aceitou voltar aos Estados Unidos, de onde foi expulso no início dos anos 50, para um Oscar honorário pelo conjunto da obra. Em 1972, cinco anos antes de sua morte, Chaplin em emocionado discurso disse “Palavras são tão fúteis, tão frágeis. Gostaria apenas de dizer obrigado pela honra e convite.”
#5. Em tempos mais recentes a excelente Amy Adams já esquentou a cadeira da premiação por seis vezes, sem vitórias. Na primeira delas, em 2006, foi indicada a melhor atriz coadjuvante pelo filme independente Retratos de Família, mas perdeu para Rachel Weisz, que levou a estatueta pelo filme O Jardineiro Fiel. Em 2013 perdeu a indicação pelo ótimo A Trapaça para Cate Blanchett em Blue Jasmine. Mas nada foi pior do que não ter sido indicada em 2017 pelo seu fantástico desempenho em A Chegada.
#6. Adam Sandler deveria ter sido premiado pelo ótimo Jóias Brutas (2019) , mas a Academia nunca o indicou apesar de toda a atenção que este filme lhe trouxe, incluindo sendo celebrado em outras premiações.