por Sérgio Cortêz
Fuga Do Planeta Dos Macacos (1971)

Direção: Don Taylor
Elenco Principal: Roddy McDowall, Kim Hunter, Bradford Dillmanm, Natalie Trundy, Eric Braeden, Ricardo Montalbán e Sal Mineo.
Os chimpanzés Cornelius (McDowall), Zira (Hunter) e Milo (Mineo), após o resgate e o reparo da antiga nave de Taylor, testemunham a explosão de um artefato atômico que destrói a Terra. Avançando em sua viagem espacial, o trio percorre o curso contrário ao de Taylor voltando no passado até o ano de 1973. Recolhidos por militares após o pouso, os macaconautas ficam sob os cuidados dos veterinários Lewis Dixon (Dillmanm) e Stephanie Branton (Trundy), o que não impede a morte acidental de Milo. Ao revelarem a capacidade de falar, os três caem nas graças da mídia, do público e de seus tutores – mas não das autoridades que, temendo um futuro no qual a Terra estaria sob o domínio de uma civilização macaco, determinam a esterilização de Cornelius e Zira (que está grávida). Os chimpanzés passam então a ser perseguidos por Otto Hasslein (Braeden), membro do governo que planeja exterminar o casal.

Terceira parte da saga iniciada em 1968, “Fuga Do Planeta Dos Macacos” é, ao mesmo tempo, revelador e eletrizante: revelador ao mostrar os medos e preconceitos inerentes à espécie humana, alimentados por um desejo quase histérico de autopreservação, capaz de ignorar o princípio de que a maior ameaça ao Homem é o próprio Homem; eletrizante porque a perseguição a Cornelius e Zira não permite ao expectador um piscar de olhos ou uma pausa estratégica para ir ao banheiro. O filme só não leva um emoji “Muito Bom” por conta da cena final, quando o chimpanzé filhote recebe um foco em seu rosto seguido por um desastroso loop – a mensagem já havia sido dada, bastava dar um fade out na imagem e fechar a fatura, sem macaquices.
Poltrona 3 é uma criação coletiva dos colunistas Adilson Carvalho, Paulo Telles e Sérgio Cortêz. Confira abaixo os conceitos por Emoji atribuídos aos filmes.

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