Por Adilson Carvalho

Dois anos depois de avacalhar com a história do mundo Mel Brooks voltou à cena em um projeto muito diferente: Refilmar o clássico Ser ou não Ser (1942) de Ernest Lubitch (1892-1947). Para isso abdicou da direção pela primeira vez ficando apenas como ator, dividindo o protagonismo pela primeira vez com a esposa, A atriz Anne Bancroft (1931-2015 ). Ambos já tinham trabalhado juntos antes mas não estrelando um projeto assim. Foi a estreia na direção do ex coreógrafo Allan Johnson (1937-2018), que inclusive trabalhou com Mel Brooks em vários filmes começando com Primavera Para Hitler (1967).

Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, Frederick Bronski (Mel Brooks) apresenta Pérolas de Hamlet, enquanto sua sedutora esposa e companheira de palco, Anna (Anne Bancroft), diverte-se nos camarins com um jovem e encantador aviador (Tim Matheson). Mas tudo isso é interrompido quando a Trupe Teatral de Bronski é alistada para enganar os nazistas e salvar a resistência polonesa, que não sabe que tem um traidor entre eles (Jose Ferrer). Charles Durning concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante de 1983 por seu papel de Coronel Erhardt. Mel Brooks já disse em entrevista que esse é um dos seus filmes favoritos. Curioso por ser um de seus trabalhos menos autorais, incluindo várias das falas nos diálogos foram usadas exatamente como no filme original de Lubitch. O humor de Mel exorcizava sua própria juventude já que o diretor lutou na Segunda Guerra. No próximo artigo vamos ao espaço com Mel Brooks.