Por Adilson Carvalho

Depois de um longo hiato, Mel Brooks voltou com filme novo na segunda metade dos anos 80. O cenário hollywoodiano não era o mesmo nas telas e o público se dividia entre loucademias de polícia e a anarquia cômica de Jim Abrahms e os irmãos Zucker. Mel conseguiu a benção de George Lucas para fazer uma paródia de Star Wars, um fenômeno pop, e aproveitou para inserir vários clássicos da ficção científica no bolo como referências a Alien e Planeta dos Macacos. O próprio George Lucas se ofereceu para cuidar dos efeitos especiais com sua empresa a Industrial Light and Magic; e só fez uma exigência, que não houvesse venda de produtos relacionados com o filme. Mel aceitou mas não resistiu a colocar em SOS Tem um Louco à Solta no Espaço (Spaceballs) um piada sobre o consumismo com a loja do Yogurt, uma paródia do mestre Yoda, vivido pelo próprio Brooks. O filme torna-se uma metralhadora giratória de piadas com gags para todos os cantos da galáxia.

Depois que o planeta Spaceball virou um deserto, o maquiavélico presidente Skroob (Também vivido por Mel Brooks) resolve tomar o ar de Druidia, o planeta vizinho, e manda o vilão Lord Dark Helmet (Rick Moranis) sequestrar a princesa Vespa (Daphne Zuniga) e exigir de seu pai, o rei, que libere todo o ar. Para seu resgate seguem Lone Starr (Bill Pullman) e Barf (John Candy), dois mercenários espaciais, corruptelas cômicas de Han Solo e Chewbacca. Quanto à força, esta virou o Schwartz, piada com as origens judaicas do diretor, que não mede esforços para demolir os ícones do gênero como ao colocar John Hurt reprisando sua cena de morte para o nascimento de um Alien cantante com ambições no showbiz ou a sequência dos Spaceballs chegando a uma praia e recebidos por macacos falantes que dizem “Spaceballs ! Oh Shit. There goes the planet)”. O ator Michael Wislow, o Jones da Loucademia de Polícia aparece como o operador de radar e repete sua habilidade de criar sons, reproduzindo todos os efeitos sonoros ouvidos. O próprio Mel disse na ocasião que assim economizou uns US$ mil reais de seu inflado orçamento, cerca de US$ 25 milhões gastos, seu filme mais caro até hoje. Um filme divertido mesmo que a fórmula pareça por vezes forçada ou desgastada, principalmente com o grande achado de por Rick Moranis como uma versão pra lá de engraçada do icônico Darth Vader. No próximo artigo vamos descobrir uma droga de vida, e um curioso filme em sua carreira.