Por Adilson Carvalho

A ficção sempre explorou o conflito entre homens e máquinas, o que na verdade teve sua gênese desde o advento da Revolução Industrial (1750 – 1840). Divagar sobre a moralidade sobre máquinas sencientes, ou seja, capaz de sentir ou perceber através dos sentidos, foi uma evolução natural que filósofos e escritores tem desenvolvido ao longo do tempo, e que o cinema soube muito bem se apropriar. O conceito de robótica surgiu na obra “Eu Robô” (1950) do autor de ficção cientifica Isaac Asimov (1920-1992), Foi o autor, nascido na Rússia e radicado nos Estados Unidos, quem criou a palavra ‘robótica’ e foi também ele quem apresentou, no campo da ficção-científica, as Leis da Robótica como seguem: I = um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; II = Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a primeira lei; III = Um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

Robôs são retratados muitas vezes como unidades escravas, sem vontade, mas nas últimas décadas a evolução da ciência deu saltos surpreendentes, e hoje robôs como Jibo (1), de 28 centímetros de altura, podem observar tudo o que acontece à sua volta, aprender hábitos além de contar piada, falar da previsão do tempo e solucionar equações matemáticas. Alexa (2), da Amazon, pode criar lembretes, reproduzir de música, pesquisar na internet e contar notícias. Já Evo (3) varre, aspira e passa pano na casa. Todos tímidos exemplos da tecnologia avançada de que dispomos e que leva os autores de ficção científica a imaginar os replicantes de Blade Runner (1982), a Skynet de O Exterminador do Futuro (1984) ou Robby do clássico Planeta Proibido (1957).

Mesmo Leonardo da Vinci fez estudos que ajudaram ao desenvolvimento da robótica, e hoje cinema e literatura nos trazem Wall-E, Robocop, Tenente Comandante Data (de Star Trek) e M3gan, capazes de despertar divertidas discussões sobre o futuro do homem e o eterno confronto com a máquina, se nos substituirão, ou destruirão o futuro da raça humana.