NO DIA DA LITERATURA BRASILEIRA RELEMBREMOS AS ADAPTAÇÕES DE IRACEMA PARA AS TELAS

Por Adilson Carvalho

Hoje comemoramos o dia da Literatura Brasileira, também dia do nascimento de Jose de Alencar, um dos maiores da nossas artes literárias. A data é um reconhecimento de um elemento cultural fundamental para a construção da identidade da nação. José de Alencar ficou conhecido como o primeiro escritor brasileiro a retratar o seu país exatamente como ele era, ou seja, com os personagens típicos do Brasil, como o índio e o sertanejo nordestino. Vitimado pela tuberculose, tentou tratamento médico na Europa no ano anterior e em dezembro de 1877 morreu no Rio de Janeiro. Suas obras conferiram nacionalidade à literatura nacional e detalham parte da diversidade de um país grande e múltiplo como Brasil. Alencar escreveu romances regionais, sertão, lendas, pampas, urbanos, históricos, indianistas, peças teatrais, manifestos políticos. Iracema, seu romance brasileiro publicado em 1865, faz parte da trilogia indianista do autor, composta por O Guarani (1857) e Ubirajara (1874).

A primeira adaptação de Iracema para o cinema foi em 1917, ainda no período do cinema mudo, dirigido por Vittorio Capellaro e estrelado por Ida Elzira Kelber, que adotou Iracema de Alencar como seu nome artístico, mas voltou ao cinema apenas em 1954, com o filme Toda Vida em 15 Minutos . Ao lado de Procópio Ferreira, Iracema de Alencar fez em 1970, na televisão, um dos principais papéis em Odorico, o Bem Amado. Sua última apresentação no teatro foi em Crimeterapia. Iracema foi novamente refilmado em 1949, dirigido por Vittorio Cardineli e Gino Talamo, trazendo no elenco, Ilka Soares (Iracema), Mario Brasini (Martim), Luís Tito (Poti) e Carlos Machado (ator) (Araquém). Sua versão mais famosa, no entanto, Iracema – a Virgem dos Lábios de Mel foi dirigido por Carlos Coimbra em 1979. Na época o filme se beneficiou da beleza da atriz Helena Ramos, um símbolo sexual dos anos 70. O romance conta o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel. A relação do casal serviria de alegoria para a formação da nação brasileira.

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