Por Adilson Carvalho

Filmes família são um bom entretenimento para o fim de semana, adicionando um pouco de fantasia à um drama familiar. Nisso Chris Columbus (Esqueceram de Mim, Harry Potter & A Pedra Filosofal) sempre foi muito bom e, seu estilo leve pode ser sentido mesmo que ele seja apenas um dos produtores. A lenda do Chupacabras alimenta esta história com sabor de infância revivida. Assim, o pequeno Alex (Evan Whitten) esconde a falta de seu pai, falecido, e por isso é enviado por sua mãe em visita ao seu avô no México. Alex faz um amigo improvável ao encontrar um chupacabra que vive escondido no galpão de seu avô. Para salvar a criatura, Alex e seus primos Memo (Nickolas Verdugo) e Luna (Ashley Ciarra) fazem de tudo para ajudá-lo a voltar para sua família. O chupacabra, que na verdade surgiu inicialmente em Porto Rico, é apelidado de Lutcha, e se mostra como um cãozinho fofo, peludo e com asas, mas é perseguido implacavelmente por homens do governo liderados pelo Dr. Richard Quinn (Christian Slater, de Entrevista com o Vampiro). A narrativa lembra muito o menino Elliot (Henry Thomas) e as crianças fugindo do governo para ajudar E.T. no clássico de Spielberg. O diretor Jonás Cuáron,/ (roteirista de Gravidade) filho do cineasta Alfonso Cuáron (Harry Potter & O Prisioneiro de Askaban) , é competente em prender a atenção e sabe como aproveitar bem o ótimo ator Demian Bichir (Os Oito Odiados) em sintonia com o elenco infantil em seu papel do avô que já foi um grande lutador de luta livre. O pequeno Memo diverte e arranca várias gargalhadas em sua fantasia de seguir os passos do avô. Embora o chupacabra seja hoje, em um mundo em que internet deixa tudo exposto demais, nada além de uma espécie de lenda urbana, o filme explora sua possíveis origens mergulhando nos anos 90, década em que o filme se passa, transformando várias cenas em uma coleção de referências a cultura pop da época em que game boys eram uma paixão entre as crianças. Santa tartaruga Donatello !!!!