Por Mauricio Rocha

Hoje, o Robert Powell completa 79 anos. Queria fazer uma rápida homenagem a ele.
Existem atores que ficam tão marcados por determinado papel que é impossível não associar um ao outro. Um exemplo, é o saudoso Christopher Reeve com o Superman. Por mais que ele tenha feito ótimos filmes como Em algum lugar do passado, até hoje, associam ele ao Superman. Curiosamente, um outro ator de “um personagem só”, é o britânico Robert Powell. Talvez, por nome, ninguém vá reconhecer ele. Mas, ele interpretou Jesus Cristo na obra mais famosa do homem de Nazaré, que foi dirigida pelo Franco Zeffirelli (1923-2019) e lançada em 1977. O ator desde então, inevitavelmente, é associado ao papel do Cristo. Entretanto, Robert Powell é um dos melhores atores britânicos dos últimos cinquenta anos. Digo isso com convicção porque, por mais que ele seja associado exclusivamente à Jesus de Nazaré, ele fez ótimos filmes nos anos 70 e 80. Entres eles, o filme em questão, Mahler, cinebiografia de Gustav Mahler (1860 – 1911) dirigida pelo grande Ken Russell (1927-2011). Um filme curioso que faz jus à genialidade do compositor de origem judaica (mais um judeu interpretado pelo Robert Powell?)

(Mauricio Rocha, 01 de junho de 2023)
Ademais, é um filme curioso que merece ser redescoberto.
Uma pena que o Robert Powell não tenha tido uma carreira tão brilhante nos últimos anos e esteve envolvido em uma polêmica recentemente ao dizer que não gosta de ir ao cinema porque as pessoas ficam fazendo barulho comendo na volta dele e isso tira o foco do filme.
Nota:
Escrevi essa resenha escutando sinfonia número 5 de Mahler.