Por Adilson Carvalho

Aquecendo para o 3º Festival Batman Day em Santos, organizado pelo Insituto CineZen Cultural dos produtores André Azenha e Paula Azenha, nesta sexta dia 15 de setembro no Cine Roxy, vamos relembrar as 8 melhores quadrinhos do Batman na minha playlist. E não se esqueça, o Batmanday de Santos é um evento do CineZen.
- Batman Crônicas (Batman Chronicles) 1939 – / Bob Kane, Bill Finger e Jerry Robinson

Compilação das primeiras histórias de Batman extraídas dos títulos “Detective Comics” (1937) e “Batman” (1ª série – 1940) com roteiro de Bill Finger e desenhos de Bob Kane. Apesar da coleção ter prosseguido nos Estados Unidos, no Brasil a Panini Comics só publicou os três primeiros volumes da série. A preciosidade desta coleção é a qualidade da impressão reunindo as histórias que estabeleceram os primeiros anos de história do Batman, a primeira aparição do Coringa, Mulher Gato, Robin, Cara de Barro entre outros.
2. A Saga de Ra’s Al Ghul (Daughter of the Demon) 1971 / Denny O’Neil & Neal Adams

No final dos anos 1960, o Batman estava em crise porque seus quadrinhos estavam presos à imagem de Adam West. O roteirista Denny O’Neil (1939-2020) juntou-se ao fabuloso Neal Adams (1941 – 2022) para restaurar a imagem sombria do Homem Morcego, tornando os vilões mais verossímeis e mortais, ressaltando o lado trágico do cotidiano de Bruce Wayne e sua cruzada contra o crime. Em 1971, a dupla criou um dos maiores antagonistas do herói, o genocida Ra’s Al Ghul, que almeja o extermínio de metade da população global como forma de governar os sobreviventes. Tudo complica quando Batman se envolve com Talia, a filha do vilão que segue sua trilha apesar de se apaixonar por Batman. Esse arco inicial com o vilão foi adaptado pela série animada “Batman – The Animated Series” no episódio em duas partes “The Demon Quest“. Originalmente publicado em “Batman” (1940/#232) em junho de 1971, o arco chegou ao Brasil pela Ebal em 1972, sendo posteriormente republicado pela Editora Abril, Panini Comics e Eaglemoss.
3. O Peixe que Ri (The Laughing Fish) 1978 / Steve Englehart & Marshall Rogers.

Steve Englehart no roteiro e Marshall Rogers nos desenhos. Essa equipe criativa conseguiu manter o nível da fase Neill/Adams no final dos anos 70. Bruce Wayne teve sua identidade secreta descoberta pelo vilão Hugo Strange, que a leiloou para os vilões. Claro que o herói conseguiu reverter a situação, mas ao se apaixonar pela socialite Silver St Cloud as coisas se complicaram muito, principalmente quando o Coringa ressurge envenenando os peixes com seu gás do riso. Adaptado para o desenho da TV “Batman: The animated adventures” (1992-93) no episódio “The Laughing Fish“, esta é uma história marcante para o personagem, que mostra o quão impossível é para Bruce Wayne viver uma vida normal. Publicada originalmente em “Detective Comics” #475 (fevereiro de 1978) chegou ao Brasil também pela Ebal três meses depois, e foi republicada pela Abril, Panini e Eaglemoss.
4. Batman o Cavaleiro das Trevas (Batman The Dark Knight) 1986. Frank Miller

Nenhuma lista de melhores hqs do Batman é séria se não mencionar esta obra prima escrita e desenhada por Frank Miller. 10 anos após a aposentadoria do vigilante mascarado Batman. Os heróis no mundo estão extintos por lei e Superman, o último em atividade, é um agente secreto americano, uma super-arma usada em casos de guerra ou crise internacionais. O aumento de criminalidade em Gotham City, com a gangue chamada de “mutantes” aliado a um incomum senso de justiça de Bruce Wayne, fazem o homem-morcego sair das trevas da aposentadoria e enfrentar os criminosos da cidade. Batman é representado por Miller como um homem traumatizado e atormentado pelo seu passado, que usa inteligência e força para fazer justiça de maneira muito mais bruta e violenta em relação às suas atividades anteriores. O renascimento do vigilante coloca o mundo em polvorosa. Miller introduz uma adolescente como Robin, transforma o Superman em lacaio do governo, e ainda leva o herói a um confronto definitivo com o Coringa. Em 2012, foi adaptado como animação, dividido em 2 partes. Publicada nos Estados Unidos em 1986, e no Brasil um ano depois pela Editora Abril, seguido pela Panini. Frank Miller fez duas sequências, mas nenhuma das duas com o impacto da original.
5. Batman Ano Um (Year One) 1987. Frank Miller & David Mazzuchelli

Um ano depois de “Batman O Cavaleiro das Trevas“, Miller voltou ao personagem como roteirista com a missão de recontar o primeiro ano de Bruce Wayne como Batman. Os desenhos de David Mazzuchelli, com quem Miller havia trabalhado no Demolidor, promoveu a origem definitiva do herói, seguindo a estética dos filmes noir. Publicada no Brasil inicialmente pela Editora Abril, e depois pela Panini, “Batman Ano Um” serviu de base para filmes como “Batman Begins” (2005) e até mesmo o recente “O Batman” de Matt Reeves. Em 2011, a hq foi adaptada como uma primorosa animação, mantendo o mesmo impacto narrativo promovido pela dupla Miller / Mazzuchelli.
6. Batman a Piada Mortal (The Killing Joke) 1988. Alan Moore & Brian Bolland.

A história tornou-se famosa pela origem do Coringa como um personagem trágico; um homem de família que falhou como comediante e que “um mau dia” o levou à loucura. Os efeitos da história na continuidade do Batman inclui ainda o tiroteio e paralisia de Barbara Gordon (também conhecida como Batgirl), um evento que criou as fundações para o desenvolvimento da identidade da Oráculo. Muitos críticos consideram “Batman: The Killing Joke” a história definitiva do Coringa e uma das melhores de sempre do Batman. Ganhou o Prémio Eisner para ‘Melhor Álbum Gráfico‘ em 1989 e apareceu na lista dos mais vendidos do The New York Times em Maio de 2009. O final em aberto foi extremamente polêmico por sugerir que o Batman teria matado o Coringa. Em 2016, foi adaptado como animação por Sam Liu e Bruce Timm.
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