ARLEQUINA: 31 ANOS DE UM LOUCO AMOR

Por Adilson Carvalho

Não há dúvida que a Arlequina é uma das personagens mais populares da DC Comics, tendo sido personificada em live action por Margot Robbie, e em breve por Lady Gaga no vindouro Coringa 2: Folie à Deux. A personagem, criada por Paul Dini e Bruce Timm para a série Batman: A Série Animada, completou esse ano 31 anos. Sua primeira aparição foi no episódio Joker’s Favor (Um Favor para o Coringa), de setembro de 1992. A intenção original de Dini e Timm era que Arlequina aparecesse apenas naquele episódio específico, mas a aceitação do público e da crítica foi surpreendente, e a personagem voltou em outros episódios da série animada.

A origem de Arlequina foi contada no quadrinho Mad Love (Louco Amor), publicada em fevereiro de 1994, na série em quadrinhos The Batman Adventures, que adaptava a continuidade de Batman: A Série Animada. No Brasil, estas histórias foram publicadas como Batman O Desenho da TV. Mad Love foi publicada no Brasil pela primeira em duas edições em formatinho em 1995 contando a história de Harleen Quinzel, ex ginasta, que estudou Psicologia na Universidade de Gotham City. Ao trabalhar como psiquiatra no Asilo Arkham, conheceu Coringa e se deixou envolver por ele, se apaixonando pelo palhaço e ajudando-o a escapar por diversas vezes do asilo. Eventualmente Harleen sucumbe à loucura, e inicia uma vida de crimes ao lado do vilão a quem chama carinhosamente de Sr. C, ou Senhor Coringa, ou até mesmo de “meu pudinzinho”. Mad Love foi premiada com o Prêmio Eisner de Melhor História daquele ano. Durante as primeiras histórias, Arlequina fica à sombra do Coringa, uma vítima de um relacionamento claramente abusivo. Com o crescimento de sua popularidade, a personagem vai se destacando e ganhando vida própria como no episódio Harley and Ivy de Batman: A Série Animada, que inicia sua parceria ao lado de Hera Venenosa depois que o Coringa a expulsa violentamente de sua gangue, deixando-a extremamente frustrada.

Margot Robbie em Esquadrão Suicida

Nos quadrinhos, na revista Batman: Harley Quinn, a relação das duas vilãs foi adaptada e ao longo das histórias que se seguem Harley torna-se um ícone LGBTQIAPN+ iniciando um namoro com Hera. Uma série solo da personagem foi publicada mensalmente pela DC Comics durante 38 edições, entre 2001 e 2003 com histórias assinadas por Karl Kesel, Terry Dodson, A.J. Lieberman e Mike Huddleston. Em 2013, dentro da iniciativa Os Novos 52, uma nova série entitulada Harley Quinn foi publicada, co-escrita por Amanda Conner e seu marido Jimmy Palmiotti, com arte de Chad Hardin. Sua história de origem foi reescrita mais de uma vez com a chegada da fase Rebirth, e a partir daí a personagem já é independente do Coringa, e suas histórias ganham ares de anti-heroína, chegando a integrar o Esquadrão Suicida e as Aves de Rapina.

Lady Gaga e Joaquin Phoenix em Coringa 2: Folie à Deux

Com participações constantes em jogos, animações e filmes, aguardemos para breve a versão realista interpretada por Lady Gaga, e o que mais o novo universo cinematográfico DC de James Gunn trará pois certamente a Dra Quinzel terá papel fundamental a ser explorado.

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