Equipe Cinema Com Poesia

Morreu nesta sexta feira (3) a atriz e cantora Elizangela, aos 68 anos de idade. Conforme a Prefeitura de Guapimirim (estado do RJ), a artista deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com parada cardiorrespiratória, depois de ser pronto atendida pelas equipes do SAMU.
Elizangela nasceu no dia 11 de dezembro de 1954 no Rio de Janeiro e começou a trabalhar como atriz aos 7 anos de idade, na TV Excelsior, fazendo comerciais ao vivo. Na mesma emissora, ela participou do telejornal vespertino Jornal infantil Excelsior e do programa de variedades Futurama. Com apenas 10 anos, apresentava o programa de auditório Essa gente inocente, atração com crianças exibida em horário nobre.
Em 1966, Elizangela saiu da Excelsior e foi trabalhar na TV Globo como assistente de Pietro Mario (1939-2020), em Capitão Furacão, em 1965, o primeiro programa infantil da Globo. A seguir, apresentou o Show da Cidade. Em 1969, foi chamada para fazer o filme Quelé do Pajeú e, no ano seguinte, estrelou outro longa, O enterro da Cafetina. Em 1971, teve seu terceiro papel no cinema no elenco de Vale do Canaã. Fez sua primeira novela aos 15 anos de idade, O cafona, de Bráulio Pedroso (1931-1990). Na trama, exibida em 1971, Elizangela vivia Dalva, a filha de Gilberto Athayde (Francisco Cuoco).
Sua novela seguinte foi Bandeira 2, de Dias Gomes (1922-1999), interpretando Taís, que era uma das protagonistas, em um par romântico com Stepan Nercessian.
No clássico Pecado Capital, versão de 1975, a atriz interpretou Emilene, irmã da protagonista Lucinha (Beth Faria). O nome da sua personagem era uma referência às cantoras Emilinha Borba e Marlene. Em Locomotivas (1977), a primeira novela em cores no horário das 19h, Elizangela interpretou Patrícia, vindo a seguir Feijão Maravilha (1979), na qual contracenava com Marco Nanini, Marcelo Picchi, Grande Otelo e Lucélia Santos.
Em Jogo da Vida (1981), de Silvio de Abreu, Elizangela deu vida à hilária Mariúcha. A personagem – uma empregada doméstica que assediava o patrão (Gracindo Júnior) e, sempre que estava prestes a pregar uma peça, olhava diretamente para a câmera e piscava.
A artista ainda fez parte do elenco da primeira versão de Roque Santeiro, que foi censurada às vésperas da estreia, em 1975. Na novela de Dias Gomes, interpretaria Tânia, a filha de Sinhozinho Malta. Quando a nova versão foi produzida em 1985, a personagem acabou interpretada por Lídia Brondi, mas o autor fez questão de criar um papel especialmente para Elizangela, Marilda, a ex mulher do ator Roberto Mathias, vivido por Fábio Jr.
Em 2014, participou do seriado Segunda Dama, como Edinéia, e da novela Império, como Jurema. Em 2017, interpretou Aurora, mãe de Bibi (Juliana Paes), na novela A força do querer. Sua última participação nas novelas foi em A dona do pedaço (2019), de Walcyr Carrasco.
Com informações do site Memória Globo