Por Adilson Carvalho

Nos anos 90 vivíamos o auge da TV por assinatura, muito longe do advento das plataformas de streaming. A mídia física ainda gozava de muito apelo diante do público leitor e o avanço dos efeitos especiais levou à expansão do cardápio de filmes e séries de ficção científica, terror e fantasia. Foi nessa realidade saudosa que surgiu nas bancas em setembro de 1997 a revista Sci Fi News #1 da Meia Sete Editora, sob o comando de Paulo Chede Domingos, Andrea Bassi e Paulo Gustavo Pereira. A primeira edição trazia Arquivos X, na época no hiato entre a 4ª e a 5ª temporada. A série de Chris Carter era exibida no canal Fox e na Rede Record, e já era considerada um fenômeno de público e crítica. Mulder (David Duchovny) e Scully (Gillian Anderson) apareciam frequentemente nas capas da revista, e ganhou uma coluna mensal assinada pela jornalista Silvia Helena Penhalbel entitulada “O X da questão“.

Outras séries que estavam assiduamente nas páginas de Sci Fi News eram Star Trek A Nova Geração (Na época exibida no USA Network), Babylon 5 (Na Warner), Buffy a Caça Vampiros (da Fox) e Xena a Princesa Guerreira (No USA também), todas no topo da lista das séries mais assistidas. No cinema, a equipe da SCI Fi News acompanhou o lançamento da trilogia inicial de Star Wars em 1999, a adaptação de O Senhor dos Anéis de Peter Jackson, a trilogia de Homem Aranha de Sam Raimi entre outras produções da época. Em 1998 foi lançada uma revista spin-off Sci-Fi Cinema, dedicada ao cinema em geral, mas que não durou muito tempo. No mesmo ano lançou o selo Sci Fi Books, dedicado ´à literatura fantástica com o livro Planeta X de Michael Jan Friedman trazendo um crossover entre os X-Men e personagens de Jornada nas Estrelas A Nova Geração, além do livro O Retorno do Capitão Kirk, co-escrito por William Shatner. Depois vieram, a adaptação de Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma e as romantizações de Titan A.E. e Star Trek: Insurreição e Star Wars Sombras do Império.

Em 2009, a revista passou por uma grande reformulação, aumentando seu tamanho para (23 x 30,6 cm) e mudando a diagramação até ser extinta, sendo temporariamente substituída por uma versão online, que também foi encerrada. Ficou a lembrança de uma das melhores publicações do gênero no Brasil.