Por Adilson Carvalho

Stallone já foi policial, boxeador, soldado do Vietnã, alpinista, só faltava um super herói como Samaritano, lançado ano passado diretamente no Prime Video, e que adiciona ao currículo do icônico ator a figura de um super herói que abandonou a luta contra o crime após uma tragédia. Anos depois sua identidade é reconhecida por um garoto de 13 anos. A MGM produziu o filme para lançamento no cinema, mas parece que a própria acabou desacreditando no projeto já que este veio a ser lançado diretamente no streaming. O fato é que o gênero tem se desgastado muito em função do número de produções para as telas Fica difícil injetar alguma releitura que acrescente algo novo à clássica fórmula do bem contra o mal. A relação de Samaritano (Stallone) com o garoto Sam (Javon ‘Wanna’ Walton), conhecido de séries como “Euphoria” e “The Umbrella Academy“, até lembra a relação entre Alan Ladd e o menino Brandon DeWilde do clássico “Shane – Os Brutos Também Amam” (1953) mas a narrativa do filme remete a uma temática mais realista no estilo “Watchman” ou até mesmo “The Boys“. O filme não consegue escapar dos clichês habituais do gênero, mas o carisma de Stallone funciona como um chamariz. Encerro aqui o ciclo de matérias sobre o ídolo Stallone, como uma pequena mostra de uma carreira ainda maior, sem dúvida, e orgulhosa, de um ator que atravessa gerações como um dos grandes nomes que me fizeram acreditar que eu poderia voar, ou mesmo correr pelas ruas ao som de Bill Conti, vencendo meu medo, minhas limitações, minhas frustrações. (Disponível no Prime Video).