A SEMANA NO STREAMING: 4 A 6 DE DEZEMBRO

Por Adilson Carvalho

O NATAL DE COSTUME (Netflix). Produção norueguesa sobre Thea (Ida Ursin-Holm), jovem que retorna com seu namorado indiano, Jashan (Kanan Gill), para celebrar o Natal com sua família após anos vivendo no exterior. Na expectativa de um reencontro repleto de alegria e nostalgia, Thea logo percebe que a junção de duas culturas distintas sob o mesmo teto é um desafio. Os costumes e tradições norueguesas entram em confronto com as tradições indianas que Jashan traz consigo, provocando não apenas momentos cômicos, mas também tensões que colocam à prova o relacionamento do casal e a harmonia familiar nessa época tão especial do ano. (Disponível a partir de 6 de dezembro)

ELVIS (Prime Video). Um dos melhores filmes de 2022, a cinebiografia do rei do Rock, dirigida por Baz Luhrmann foi indicado a 8 Oscars: Melhor filme, melhor direção (Baz Luhrmann), melhor ator para Austin Butler, melhor fotografia, melhor figurino, melhor montagem, melhor som, melhor direção de arte e melhor maquiagem e penteado.. “Elvis” traz uma impressionante atuação de Austin Butler, que incorpora o ídolo à flor da pele. Não é tanto a semelhança física, mas a expressão corporal, o olhar e sobretudo a voz. Austin de fato revive a trajetória daquele menino pobre nascido no Mississippi que se tornou maior do que imaginava e conquistou o mundo, mesmo sem nunca ser se apresentado fora do solo americano graças às maquinações de seu empresário, o famigerado Coronel Tom Parker, este uma atuação igualmente poderosa de Tom Hanks. A sequência do primeiro encontro de ambos, em uma casa de espelhos funciona como uma metáfora para o jogo distorcido de fama e infelicidade, talento e manipulação que a relação de ambos imprime na tela à medida que décadas de música desfilam pelas 2h39min de projeção. Ao fundo, décadas de transformações profundas na América com Elvis The Pelvis funcionando como um catalisador para muito além do cenário musical, embora o próprio não fosse consciente dessa sua posição. Curiosamente o filme de Luhrmann tem o demérito da indicação de Tom Hanks como pior ator pelo Framboesa de Ouro, completamente injusto. Tom Hanks não atua por causa de suas próteses, mas apesar delas. O filme de Luhrmann é maravilhoso, envolvente e uma boa oportunidade para que se ainda afirme que definitivamente Elvis NUNCA morreu. (Disponível desde 2 de dezembro)

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