O MELHOR & O PIOR DE 2023 NOS CINEMAS

Por Adilson Carvalho

Listas de melhores e piores sempre são muito pessoais e, quase sempre, deixam questionamento e inconformações. Então fique à vontade para discordar.

OS 5 MELHORES

#1. Mussum, o Filmis. Ailton Graça personificou o cantor e ator Antônio Carlos Bernardes Gomes, nosso querido e eterno Mussum, com admirável desenvoltura, encarnando com perfeição o eterno trapalhão Mumu da Mangueira. O filme, campeão do Festival de Gramado, dirigido por Silvio Guidane (Vai que Cola) é uma das melhores cinebiografias nacionais e capaz de nos ensinar o que o talento em conjunto com a humildade pode alcançar além de mexer com as memórias afetivas. A sequência em que Mussum se veste como a cantora Clara Nunes cantando “Morena de Ângola” é de matar de rir.

#2.Oppenheimer. Em um mercado que vem sendo dominado pelas franquias, Christopher Nolan conseguiu um feito extraordinário com uma figura biografada de difícil assimilação pelo público, sendo o criador de uma arma de destruição de massa, e que definiu os rumos da guerra. Cillian Murphy encabeça um super elenco que inclui Robert Downey Jr, Matt Damon, Gary Oldman, Florence Pugh, Emily Blunt e Matt Damon. De fato um filme grandioso e ambicioso que veio para provocar discussões.

#3.Barbie. Margot Robbie e Ryan Gosling fizeram, sob a batuta de Greta Gerwig, um dos filmes mais chamativos deste ano, e metade do fenômeno de bilheteria que se convencionou chamar de Barbenheimer. A história é curiosa e conduzida de forma a proporcionar diversão à medida que faz da boneca da Mattel um símbolo de questionamentos advindos do confronto do mundo das bonecas e do mundo real.

#4. A Baleia. Brendan Fraser mereceu o Oscar de melhor ator por seu papel aqui como  o professor de literatura Charlie, que luta contra a obesidade, uma forte compulsão alimentar e as dores do passado. Para entrar no personagem, ele teve que engordar, usar uma prótese de 136 quilos, além da maquiagem, para chegar à aparência de mais de 300 quilos. Mas não é só a transformação física de Fraser, seu olhar, sua impostação de voz cercado por um elenco de coadjuvantes em sintonia carregam um efeito catártico contagiante.

#5.Missão Impossível O Acerto de Contas Parte I. Tom Cruise mostrou que exala vigor e vitalidade para continuar as aventuras do agente Ethan Hunt. A continuidade de Christopher McQuarrie na direção desde o 5º filme oferece unidade à narrativa, conectando eventos e criando um direcionamento sólido para a história, mesmo com as piruetas e façanhas cada vez mais irreais de Tom. Agora é aguardar a segunda parte para breve.

OS 5 PIORES

#1. Fale Comigo. Um retalho de clichês compromete o resultado dessa história de segue um grupo de amigos que descobre como invocar espíritos usando uma mão embalsamada. Inventiva no início, o filme dos ex-You Tubers Danny Philipou e Michael Philipou não consegue manter a criatividade durante toda o tempo e se entrega ao susto gratuito.

#2. O Demônio dos Mares. Filme de Tubarão já não dá mais. Este bem tentou se aproveitar de uma lenda mexicana para inserir alguma novidade, mas não deu nem pro começo. O filme é aquela mesmice de sempre onde você tenta adivinhar quem será devorado primeiro e quem vai sobrar no final.

#3. As Marvels. A atual fase de filmes da Marvel está muito ruim. Aliás o momento não é dos melhores para o gênero. O filme é chato, carece de um vilão melhor, carece de uma história bem desenvolvida, carece enfim de tudo. O momento musical com Brie Larson é patético e de nada serve.

#4. A Morte do Demônio – A Ascenção. Resumindo em uma palavra “Lixo”. A tentativa era de promover um reboot do clássico de Sam Raimi, mas o resultado é nada além de um pastiche de sangue sem propósito.

#5. Five Nights at Freddy’s. O filme foi sucesso de bilheteria e já garantiu uma sequência, mas na essência foi uma bola fora da Blumhouse, previsível e sem personalidade. O elenco se esforça, mas não cumpre o que promete, e nem consegue ser interessante aos não iniciados no jogo.

Deixe um comentário