Por Adilson Carvalho

Atualmente em sua segunda temporada no Disney +, a série What If ? investe no interesse do público por histórias de futuros alternativos, que sempre foram lugar comum nos filmes e séries de ficção científica. Nos quadrinhos não são menos instigantes, principalmente quando e trata dos super heróis. Era fevereiro de 1982 quando a série What If ? chegou ao Brasil rebatizada de “E se … ?” e publicada nas páginas do título Almanaque Premiere Marvel, da RGE. Mais tarde, a série foi rebatizada de “O Que Aconteceria se … ?” quando a Editora Abril assumiu. A história inaugural imaginava como seria se o Homem Aranha integrasse o Quinteto Fantástico. Uatu, o Vigia era o narrador da série, que foi impressa bimestralmente nos Estados Unidos de 1977 a 1984.

Nas páginas do título, destinos eram alterados como imaginar que Gwen Stacy não tivesse morrido (WI #24 em Homem Aranha #10 / Abril), personagens mudavam sua natureza como a história que transforma o Dr. Destino em herói (WI #22 em Almanaque Premiere Marvel #4 / RGE), identidades eram modificadas como a realidade divergente em que Rick Jones se torna o Hulk (WI #12 em Almanaque Premiere Marvel #3 / RGE) entre outras. Nem sempre as divergências tinham um desenrolar feliz como o que seria se a Fênix / Jean Grey em vez de cometer suicídio, se submetesse a uma lobotomia que removesse seus poderes. (WI #27 em Super Aventuras Marvel #37 / Abril). Na história Jean Grey recupera seus poderes e mata os X-Men, incluindo Scott Summers. O choque deste evento criado pela Fênix Negra causa um cataclismo galáctico.

Curiosamente, em algumas ocasiões as histórias divergentes plantaram ideais que seriam desenvolvidas dentro da continuidade oficial do Universo Marvel como se o martelo de Thor fosse encontrado por uma mulher (WI #10 em Heróis da TV #28 / Abril) , de Don Glut e Rick Hoberg, publicado mais de duas décadas antes que Jane Foster empunhasse Mjolnir como a deusa do trovão. E ainda teve a história que imagina que o clone de Peter Parker sobrevive (WI #30 em Almanaque Marvel #6 / RGE e Capitão América #97 / Abril), o que deflagaria a saga do Clone muito mais tarde. Hoouve uma segunda série (1989-1998), publicada sem o Vigia como narrador em um certo ponto já que nos quadrinhos do Quarteto Fantástico, Uatu foi punido por destruir outro Vigia. Isso fez com que Uatu fosse retirado da série após edição 76. Inventiva sem dúvida, a série foi muito frutífera e merecem ser um dia republicadas.