Por Adilson Carvalho

Eu não esperava muito de Madame Teia, e depois do desastroso Morbius (2023), não via muito na franquia do Aranhaverso da Sony/Columbia. Mesmo os dois filmes de Venom (2018 e 2021) são bons mas nenhum primor tampouco. Madame Teia consegue ser melhor que o filme do vampiro, mas não tal qual Venom. Cassandra Webb (Dakota Johnson, de 50 Tons de Cinza) é uma paramédica em Manhattan, que desenvolve habilidades de clarividência, cuja origem está em uma expedição científica de sua falecida mãe nas florestas perunanas. Forçada a confrontar seu passado, ela descobre que três jovens (Sydney Sweeney, Celeste O’Connor e Isabela Merced) estão destinadas a se tornarem super heroínas, o que contraria os planos do maquiavélico Ezekiel Sim (Tahar Rahim). Para ajudá-las, Cassie (Johnson) precisa desvendar seu passado para poder abraçar a responsabilidade que suas habilidades pré-cognitivas lhe conferem.

Um dos problemas do filme é a sequência forçada de “coincidências” que conecta Cassie com as três jovens, soando forçada demais. Compensa pela química em cena de Dakota com as três jovens. Sydney Sweeney (de Euphoria e do recente sucesso Todos Menos Você) faz uma tímida nerd, Isabela Merced (de Dora a Aventureira) é a jovem foragida da imigração enquanto Celeste O’Connor é a rebelde do trio. As quatro funcionam bem em equipe, mesmo que seja bem superficial a forma que forjam a confiança necessária para interagir diante de uma ameaça a suas vidas. O ator francês Tahar Rahim é bem canastrão, mas não atrapalha o ritmo de Sessão da Tarde do longa. Embora contido Adam Scott (O Aviador) tem seus momentos como Ben Parker, assim como Emma Roberts (sobrinha da Linda Mulher Julia) como Mary Parker já estabelecendo a conexão desejada com o universo de filmes do Homem Aranha.

O vilão não precisava ter aquele visual de Venom de segunda, e sua motivação é por demais rasa, ficando Dakota e suas protegidas com a missão de salvar o filme em meio aos sucessivos fiascos que o gênero super heróis vem enfrentando diante do público. No geral, diverte então cumpre o propósito de justificar a pipoca e o guaraná em uma tarde no cinema. Não há cenas pós crédito, mas fica a nítida certeza que a centenária Columbia Pictures bem que gostaria de uma sequência. Se virá ? As bilheterias é que dirão, e não precisa ser clarividente para dizer que as chances não estão à favor.
Elenco & Dublagem
Estúdio : Delarte
Dakota Johnson (Gabriela Medeiros) ………….. Cassandra Webb.
Sydney Sweeney (Bruna Laynes) ……………….. Julia Carpenter.
Isabela Merced (Pamella Rodrigues) ……………. Anya Corazón.
Celeste O’Connor (Isabela Simi) ………………….. Mattie Franklin.
Tahar Rahim (Clecio Souto) ………………………… Ezekiel Simm.
Adam Scott (Raphael Rossatto) …………………… Ben Parker.
Emma Roberts (Evie Saide) ………………………….Mary Parker.
