Por Adilson Carvalho

Gosto do gênero terror, mas sinceramente a maioria dos exemplares do gênero são péssimos e brincam com a inteligência do espectador. É o caso deste O Jogo da Invocação, que não justifica ficar 1 horas e 16 minutos assistindo uma colagem mal feita que mistura bruxaria, possessão e a velha fórmula já desgastada do assassino com q faca na mão. Na história, se é que assim podemos chamar, os irmãos Marcus (Asa Butterfield), Billie (Natalie Dyer) e Jô (Ben Ainsworth) são levados a participar de uma série de jogos mortais por um espírito maligno associado a uma adaga. E lá vamos nós ao velho clichê em que um personagem encontra a dita faca em um casebre, ouve uma voz e a leva para casa onde invoca o espírito da bruxa. O possuído começa a perseguir e matar os demais. Nada mais você precisa saber. Asa Butterfield poderia ter escolhido melhor depois de um começo promissor aos 14 anos em A Invenção de Hugo Cabret (2011). Inevitável ter a sensação de que seu persoangem possuído pareça uma versão muito pobre de Jack Nicholson em O iluminado (1980). Natalie Dyer deveria escolher úm papel que a afastasse da Nancy de Stranger Things, mas em vez disso repete os mesmos maneirismos. Completando o elenco jovem Ben Ainsworth (A Maldição da Mansão Bly) é quem melhor se esforça mas o roteiro é ruim demais e não ajuda a criar alguma conexão com qualquer personagem e Laurel Marsden (Ms. Marvel) só serve de enfeite de cena. O filme já começa com uma informação errada dada pelo narrador afirmando que bruxas foram enforcadas, queimadas e afogadas no passado. Na verdade eram enforcadas, já que era na Europa que as bruxas eram queimadas e o afogamento é mais folclore do que fato. Nem mesmo da para dizer que há um jump Scare bem elaborado. Enfim, se o gênero consegue divertir, nesse aqui nada resta a não ser pura decepção. Nas salas de cinema você paga para entrar e reza para sair logo, porque o filme é muito ruim. Disponível no Prime Video.
