Por Adilson Carvalho
Apresentação: Alexander Meireles da Silva é Doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008), Mestre em Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), Especialista em Educação a Distância pelo SENAI-RJ (2003), Especialista em Literaturas de Língua Inglesa (2000), Bacharel e Licenciado em Língua Inglesa e Literaturas Correspondentes (1998) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desde 2009 atua como Professor Associado de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Catalão, onde também é Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem. É autor do livro LITERATURA INGLESA PARA BRASILEIROS: curso completo de literatura e cultura inglesa para brasileiros e organizador de outras publicações, sendo as mais recentes as obras CONTOS CLÁSSICOS DE FANTASMA (2023) e LITERATURA DE FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: Perspectivas críticas modernas e contemporâneas (2023). É criador de conteúdo do canal do YouTube FANTASTICURSOS onde ajuda as pessoas que escrevem, pesquisam e lecionam a criarem e desenvolverem ações com a Fantasia, o Horror e a Ficção Científica.

Link do canal FANTASTICURSOS: https://www.youtube.com/fantasticursos.
Adilson:. Como surgiu seu interesse pela literatura fantástica? Eu cresci nos anos 80, um dos períodos mais ricos e influentes para a cultura nerd até hoje como se pode ver nas releituras e continuações de franquias surgidas naquela época, como Indiana Jones e Caça-Fantasmas. Cresci assistindo aos filmes da Sessão da Tarde como Fúria de Titãs, Simbad e o Olho do Tigre, Conan, Enigma do Outro Mundo e filmes de Drácula, vividos por Christopher Lee, e Godzilla no SBT. Apaixonado por essas produções, desde a adolescência decidi que queria trabalhar com algo que pudesse fazer com que eu falasse dessa paixão para outras pessoas. Assim virei professor de Literaturas de Língua Inglesa e pesquisador de Literatura Fantástica
Adilson: Qual seu autor favorito? H. G. Wells, pela sua inovação em pegar temas já presentes na Idade Média e na Antiguidade, como por exemplo, a invisibilidade, e dar uma abordagem científica, dando origem a ficção científica como gênero na Inglaterra ao passo que Julio Verne fez o equivalente na França. Gosto também da postura de Wells sobre o fato que que a Ciência não é boa ou má, mas é o ser humano que a faz ser boa ou má.
Adilson: Você acha que a Ficção científica ainda é fascinante em meio ao avanço real da ciência? Sempre. Mesmo porque justamente estamos vivendo um maior impacto desse avanço da ciência na sociedade. Neste sentido, o papel da ficção científica é promover reflexões sobre o impacto da ciência sobre o indivíduo e sua relação com o mundo, o outro ou com ele mesmo.
Adilson: Como você analisa o surgimento e desenvolvimento da inteligência artificial? Como toda outra grande inovação ao longo da história da humanidade, como a imprensa, o computador e a internet: em sai, ela não é benéfica ou maléfica, mas depende do uso que o ser humano fará dela.
Adilson: Qual seu filme favorito do gênero Fantástico? Drácula, de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola. Um filme perfeito em fotografia e pelas leituras oferecidas em um contexto de paranoia com a disseminação da AIDS.

Adilson: Como a literatura de horror mudou com a atualidade em que temos tantos motivos para termos medo, diferente do que a literatura gótica surgida na virada dos séculos 19 para 20 fez parecer? Acredito que a melhor interpretação deste quadro de pulverização do horror no século XXI venha de Zygmunt Bauman na obra Medo Líquido (2006), pois o medo, matéria prima do horror, está presente em várias formas hoje, muitas das quais não conseguimos corporificar. Desde o vizinho que no cumprimenta todo dia sem sabermos que ele também um terrorista ou serial killer até um vírus que não conseguimos ver, mas pode ceifar a nossa vida. Essa é a cara do horror hoje.
Adilson: Os quadrinhos de super-herói ainda são relevantes nos tempos atuais quando games, streaming e rede social parecem atrair mais a atenção da juventude? Apesar do inevitável desgaste desses personagens devido a superexposição de filmes e séries e a consequente perda da qualidade das histórias, o super-herói toca na necessidade humana da crença no divino. Eles são arquétipos que antes eram ocupados por deuses e deusas. A questão é resgatar esses elementos com competência.
Adilson: Se você tivesse uma máquina do tempo para voltar e mudar a história um ponto específico, o que você mudaria? O genocídio da cultura asteca pelos espanhóis no início do século XVI. Toda uma cultura riquíssima destruída em dias é uma dor no coração.
Adilson: Que conselho você daria para quem gostaria de escrever e publicar livros de ficção científica e terror? Para aproveitar que estamos vivendo no melhor momento para quem quer escrever e publicar Fantasia, Horror e Ficção Científica no Brasil. Essa afirmação se sustenta pelo número de editoras independentes hoje voltadas para a literatura fantástica, a criação e reconhecimento de prêmios para Romance de Entretenimento do Jabuti e a abrangência que as redes sociais tem hoje para quem sabe as utilizar, e quando digo isso não me refiro a fazer dancinha ou gastar dinheiro nas redes, mas sim respeitar o seu tempo e jeito de ser para construir o seu público e acreditar em suas histórias. Essa é a proposta dos cursos e e-books do Fantasticursos.
Adilson: Fale mais sobre o fantasticursos e sobre os planos para esse segundo semestre. O Fantasticursos surgiu em fins de 2016 a partir de uma percepção minha de que era necessário levar para a comunidade externa o que se produz no ambiente acadêmico, mesmo porque estamos falando de conteúdo que tem forte apelo junto a juventude como são as obras da Fantasia, Horror e Ficção Científica. Assim, produzindo conteúdo para as principais redes sociais, em especial o YouTube e o Instagram, o Fantasticursos ajuda quem quer pesquisar academicamente literatura fantástica e que quer criar obras de Fantasia, Horror e Ficção Científica. Para isso, há diversas opções de cursos online e e-books.
Adilson:. Como surgiu seu interesse pela literatura fantástica? Eu cresci nos anos 80, um dos períodos mais ricos e influentes para a cultura nerd até hoje como se pode ver nas releituras e continuações de franquias surgidas naquela época, como Indiana Jones e Caça-Fantasmas. Cresci assistindo aos filmes da Sessão da Tarde como Fúria de Titãs, Simbad e o Olho do Tigre, Conan, Enigma do Outro Mundo e filmes de Drácula, vividos por Christopher Lee, e Godzilla no SBT. Apaixonado por essas produções, desde a adolescência decidi que queria trabalhar com algo que pudesse fazer com que eu falasse dessa paixão para outras pessoas. Assim virei professor de Literaturas de Língua Inglesa e pesquisador de Literatura Fantástica
Adilson: Qual seu autor favorito? H. G. Wells, pela sua inovação em pegar temas já presentes na Idade Média e na Antiguidade, como por exemplo, a invisibilidade, e dar uma abordagem científica, dando origem a ficção científica como gênero na Inglaterra ao passo que Julio Verne fez o equivalente na França. Gosto também da postura de Wells sobre o fato que que a Ciência não é boa ou má, mas é o ser humano que a faz ser boa ou má.
Adilson: Você acha que a Ficção científica ainda é fascinante em meio ao avanço real da ciência? Sempre. Mesmo porque justamente estamos vivendo um maior impacto desse avanço da ciência na sociedade. Neste sentido, o papel da ficção científica é promover reflexões sobre o impacto da ciência sobre o indivíduo e sua relação com o mundo, o outro ou com ele mesmo.
Adilson: Como você analisa o surgimento e desenvolvimento da inteligência artificial? Como toda outra grande inovação ao longo da história da humanidade, como a imprensa, o computador e a internet: em sai, ela não é benéfica ou maléfica, mas depende do uso que o ser humano fará dela.
Adilson: Qual seu filme favorito do gênero Fantástico? Drácula, de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola. Um filme perfeito em fotografia e pelas leituras oferecidas em um contexto de paranoia com a disseminação da AIDS.
Adilson: Como a literatura de horror mudou com a atualidade em que temos tantos motivos para termos medo, diferente do que a literatura gótica surgida na virada dos séculos 19 para 20 fez parecer? Acredito que a melhor interpretação deste quadro de pulverização do horror no século XXI venha de Zygmunt Bauman na obra Medo Líquido (2006), pois o medo, matéria prima do horror, está presente em várias formas hoje, muitas das quais não conseguimos corporificar. Desde o vizinho que no cumprimenta todo dia sem sabermos que ele também um terrorista ou serial killer até um vírus que não conseguimos ver, mas pode ceifar a nossa vida. Essa é a cara do horror hoje.

Adilson: Os quadrinhos de super-herói ainda são relevantes nos tempos atuais quando games, streaming e rede social parecem atrair mais a atenção da juventude? Apesar do inevitável desgaste desses personagens devido a superexposição de filmes e séries e a consequente perda da qualidade das histórias, o super-herói toca na necessidade humana da crença no divino. Eles são arquétipos que antes eram ocupados por deuses e deusas. A questão é resgatar esses elementos com competência.
Adilson: Se você tivesse uma máquina do tempo para voltar e mudar a história um ponto específico, o que você mudaria? O genocídio da cultura asteca pelos espanhóis no início do século XVI. Toda uma cultura riquíssima destruída em dias é uma dor no coração.
Adilson: Que conselho você daria para quem gostaria de escrever e publicar livros de ficção científica e terror? Para aproveitar que estamos vivendo no melhor momento para quem quer escrever e publicar Fantasia, Horror e Ficção Científica no Brasil. Essa afirmação se sustenta pelo número de editoras independentes hoje voltadas para a literatura fantástica, a criação e reconhecimento de prêmios para Romance de Entretenimento do Jabuti e a abrangência que as redes sociais tem hoje para quem sabe as utilizar, e quando digo isso não me refiro a fazer dancinha ou gastar dinheiro nas redes, mas sim respeitar o seu tempo e jeito de ser para construir o seu público e acreditar em suas histórias. Essa é a proposta dos cursos e e-books do Fantasticursos.
Adilson: Fale mais sobre o fantasticursos e sobre os planos para esse segundo semestre. O Fantasticursos surgiu em fins de 2016 a partir de uma percepção minha de que era necessário levar para a comunidade externa o que se produz no ambiente acadêmico, mesmo porque estamos falando de conteúdo que tem forte apelo junto a juventude como são as obras da Fantasia, Horror e Ficção Científica. Assim, produzindo conteúdo para as principais redes sociais, em especial o YouTube e o Instagram, o Fantasticursos ajuda quem quer pesquisar academicamente literatura fantástica e que quer criar obras de Fantasia, Horror e Ficção Científica. Para isso, há diversas opções de cursos online e e-books.
E-mail: fantasticursos@gmail.com
Link do canal FANTASTICURSOS: https://www.youtube.com/fantasticursos.