TUDO SOBRE A TRILOGIA CÉSAR EM O PLANETA DOS MACACOS

Por Adilson Carvalho

O lançamento do novo filme da saga símia vem com um hiato de sete anos desde a última produção da franquia adaptada do romance de Pierre Boulle. Vamos resumir os três filmes que iniciaram a narrativa que antecede os eventos de Planeta dos Macacos: O Reinado, que chega agora às telas de seu cinema favorito.

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM (Rise of the Planet Of The Apes) – 2011. O advento da tecnologia da captura de movimentos foi essencial para reapresentar a saga de Pierre Boulle para uma nova geração de fãs. Apesar do sucesso comercial da versão de Tim Burton em 2001, que termina com um gancho para uma possível sequência, os produtores resolveram reiniciar a franquia já que o filme de Burton foi metralhado na época pela crítica. Dirigido pelo britânico Rupert Wyatt, o filme explora a mesma narrativa de A Conquista do Planeta dos Macacos (1972) da linha temporal original, ou seja, mostra como a raça humana perdeu sua hegemonia no planeta para os macacos. Conhecemos assim o chimpanzé Caesar (Andy Serkis, o Gollum de O Senhor dos Anéis), adotado pelo Dr. Will Rodman (James Franco), cientista que trabalha em um medicamento para ajudar no tratamento de Alzheimer e capaz de induzir à reparação do cérebro. Will percebe a inteligência extraordinária de César, que desenvolve emoções semelhantes às dos humanos e logo lidera uma revolta dos macacos. Charlton Heston, que interpretou George Taylor no filme original, pode ser visto em um aparelho de televisão nesse filme (no beliche dos macacos) interpretando Michelangelo de Agonia e Êxtase (1965). Outra referência ao filme de 1968 é o nome do Orangotango Maurice, batizado em homenagem ao ator Maurice Evans, que interpretou o Dr. Zaius.

PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO (Dawn of the Planet of the Apes) – 2014. A sequência foi dirigida por Matt Reeves (The Batman), continuando a saga de Caesar no ano de 2026 liderando seu povo em um confronto épico com os humanos após 15 anos da revolução. As relações entre as duas espécies atinge um novo patamar de tensão. De acordo com o diretor Matt Reeves, o rascunho original do roteiro, que foi escrito antes de ele ser contratado, se passava em um futuro mais distante, com os macacos tendo obtido a capacidade de falar quase sem falhas e César desempenhando um papel muito menor. Reeves achou que seria mais interessante explorar a história de César em um estágio anterior e pediu permissão para reescrever o roteiro do zero. Seu pedido foi concedido, com a condição de que ele entregasse o filme a tempo para a data de lançamento programada. Fazendo referência com o filme original, o filho pequeno de Caesar e Cornelia chama-se Cornelius, nome do personagem de Roddy MacDowell em Planeta dos Macacos (1968).

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA (War of the Planet of the Apes) – 2017. Reeves retorna para a franquia mostrando César e seus companheiros sendo forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). As vidas perdidas no conflito colocam o sentimento de vingança no centro de tudo, De acordo com Matt Reeves, o nome do grupo de humanos rebeldes é Alfa e Ômega, uma referência à bomba que os mutantes adoravam em De Volta ao Planeta dos Macacos (1970). O logotipo em seus capacetes e bandeira corresponde ao logotipo original da bomba. Quando Maurice (Karin Konoval) fala com a criança humana com seu novo nome “Nova… No-va”, o diálogo é a voz real de Charlton Heston falando as mesmas palavras para Linda Harrison em O Planeta dos Macacos (1968). A voz foi alterada eletronicamente, mas ainda é claramente reconhecível. A menina Nova (Amiah Miller) serve como uma contraparte mais jovem da personagem homônima de O Planeta dos Macacos (1968) e De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), vivida por Linda Harrisson, embora ambas estejam separadas por quase 2.000 anos de cronologia. Nova também é muda, assim como a personagem original.

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