Por Adilson Carvalho
A estreia de Furiosa Uma Saga Mad Max é a oportunidade de revermos os 4 filmes anteriores da franquia. Sai Mel Gibson, sai Tom Hardy, e entra Anya Taylor Joy como a versão rejuvenecida da personagem já vivida por Charlize Theron há 9 anos. Vamos ao ranking dos filmes, e escolha já o seu favorito.

#4. Mad Max Além da Cúpula do Trovão (1985) é a metade do que poderia ser um filme melhor. A primeira hora nos apresenta a dita cúpula do trovão, uma gaiolas de motocicletas formando um desafio bárbaro de uma realidade distópica. O conceito era bom e ainda tinha a saudosa Tina Turner em papel vilanesco, e cantando a canção tema We Don’t Need Another Hero. O orçamento maior em relação aos filmes anteriores foi mal aproveitado e logo se entrega ao clichê habitual com o furioso Max de Mel Gibson assumindo um heroísmo deslocado em relação aos filmes anteriores, uma mudança drástica em relação à sua personalidade normalmente sombria. A conclusão do filme certamente não é das piores, mas não está no mesmo patamar que os outros filmes da franquia.

#3. Mad Max (1979) O filme original de 1979 deu início a tudo e, diga-se a verdade, é um filme muito diferente do resto da série. Em vez de abrir como uma fábula de faroeste com um pós-apocalipse estabelecido, o primeiro filme explora os eventos que dão início ao declínio da sociedade e fornece informações sobre as origens de Max. Ele ainda não é o guerreiro endurecido pela batalha que é essencialmente o “Homem Sem Nome” australiano, mas sim um policial honesto que é forçado a se tornar um vigilante para lidar com a crescente ameaça de uma gangue de motociclistas enlouquecida. O relacionamento do protagonista com a esposa Jesse (Joanne Samuel) é genuinamente doloroso, e Miller faz um ótimo trabalho ao mostrar como a perda de sanidade de Max combina com o mundo que o cerca. Embora não tenha o mesmo efeito de suas sequências, e justamente por isso que Mad Max se destaca na franquia.

#2. Mad Max: Estrada da Fúria (2015). O quarto filme demorou 30 anos para ser feito e conseguiu reascender o interesse de uma nova geração pela franquia, além do sucesso de crítica, impulsionado por seis vitórias no Oscar e indicações para Melhor Filme e Melhor Diretor. Todo o ceticismo em torno de seu retorno desapareceu quando o filme chegou ao público. George Miller fez uma mistura inovadora de efeitos práticos, maquiagem brilhante, filosofias torturadas e empoderamento feminino, Miller redefiniu o papel de Max, com a interpretação de Tom Hardy, assombrado pelos demônios de seu passado. este, no entanto, é completamente ofuscado pela incrível atuação de Charlize Theron como a nova heroína Imperator Furiosa. Protetora de um bando de mulheres portadoras de crianças do senhor da guerra Immortan Joe (que Hugh Keays-Byrne voltou a interpretar), Furiosa foi uma nova protagonista inspirada que renovou sem dúvida a franquia.

#1. MAD MAX 2 – A CAÇADA CONTINUA (1981). Algo curioso sobre o melhor filme da franquia é que, embora Mad Max tenha sido muito popular na Austrália, ele ainda não havia chegado ao público americano. Para não confundir os espectadores, a sequência Mad Max 2 A Caçada Continua (Mad Max 2: The Road Warrior) foi comercializada pelo subtítulo, mas os novos fãs não tiveram dificuldade em continuar de onde o primeiro filme parou. O Guerreiro da Estrada já se passa no meio do conflito, com Max emergindo como o guerreiro mais são (ou talvez mais louco) o suficiente para sobreviver por conta própria. São basicamente 96 minutos de pura adrenalina graças às sequências de perseguição inovadoras de Miller e à incrível galeria de vilões. O filme lembra westerns clássicos com Max se auto impondo o dever de defender os inocentes. A contragosto, ele ajuda um aldeão em um assentamento de refinaria quando eles são ameaçados por uma gangue de saqueadores. Embora Hugh Keays-Byrne tenha feito um excelente no primeiro filme, o desempenho de Kjell Nilsson como Lord Hummungus eleva o nível como um senhor da guerra implacável, porém inteligente.
