O AMOR NAS TELAS | O CASAMENTO DE MEU MELHOR AMIGO

Por Adilson Carvalho

Reunião do elenco em 2019

Desde Uma Linda Mulher (1989) a belíssima Julia Roberts entrou para o imaginário popular como a namoradinha da América, uma tradição das comédias românticas desde os temcos em que Doris Day era a “virgem profissional“. Em 1997 Julia resolveu voltar ao gênero mas não no papel da mocinha ingênua, mas como uma vilã capaz de qualquer subterfúgio para roubar o noivo antes deste chegar ao altar na deliciosa comédia O Casamento do Meu Melhor Amigo (My Best Friend’s Wedding) de P. J. Hogan. A história segue Julianne uma crítica de restaurantes, papel oferecido primeiro a Sarah Jessica Parker (Sex & The City) antes de Julia Roberts assinar o contrato para viver uma personagem sofisticada, mas sem escrúpulos para conquistar seu amigo Michael (Dermot Mulroney), às vésperas do casamento deste com a ingênua Kimberly (Cameron Diaz), que a convida para ser sua madrinha de casamento. Foi a própria Julia Roberts quem sugeriu a escolha de Dermot Mulraney e de Diaz, que na época tinha poucos trabalhos nas telas, apesar de chamado atenção para seu sex appeal em seu primeiro filme, O Máskara (1994). O papel de Kimberly quase ficou com Drew Barrymoore ou Laura Dern nos estágios iniciais da produção. No filme, que se passa em Chicago, a presença de Kimmy (Diaz) em um bar de karaokê é ilegal, pois ela tem 20 anos de idade e, portanto, não poderia entrar nem pedir uma bebida, de acordo com a lei local. As filmagens transcorreram sem problema já que a própria Cameron Diaz tinha 26/27 anos na época, e é a própria atriz que canta na divertida cena do Karaoke. Em termos de trilha sonora, o filme é igualmente fantástico usando as composições de Burt Bacharach, em especial a excelente I’ll Say a Prayer for You, imortalizada por Dionne Warwick. A cena final com a dança de Julia com o personagem de George (Rupert Everett) quase não aconteceu já que inicialmente seu personagem encontraria um novo amor vivido pelo ator John Corbett (Casamento Grego) mas as exibições testes não foram bem sucedidas. A química entre Julia e Rupert foi notável em cena, e repetiram isso na animação Shrek 2 (2003) em que dublaram a princesa Fiona e o príncipe Encantado. De fato em filme divertido, capaz de saber usar os clichês do gênero para produzir um filme que se destaca entre outros, e sobretudo soube aproveitar bem as imagens de Julia e Cameron a favor de uma história bem contada e bem cantada. Disponível na MAX.

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