Por Adilson Carvalho

Hoje perdemos, aos 92 anos, uma das maiores atrizes francesas, primeira intérprete a receber uma indicação ao Oscar atuando em um filme falado em língua francesa por Um Homem, uma Mulher (1966), papel que lhe rendeu um BAFTA e o Globo de Ouro. Morreu Anouk Aimée, nome artistico de Nicole Françoise Dreyfus, filha da atriz Geneviève Sorya. Adotou seu nome artístico “Anouk” depois de interpretar uma personagem com esse nome em seu filme de estreia, La maison sous la mer (1947), de Henri Calef, em 1946. Já o sobrenome “Aimée” (de amada em frances) foi dado a ela por Jacques Prévert, quando tinha 13 anos, isso porque, achava ele, Anouk merecia e queria ser amada (aimée). que escreveu La fleur de l’âge (1947), no qual ela estrelou. Durante as décadas de 1950 e 1960, fez vários filmes de renome como Os Amantes de Montparnasse (1958) e A Doce Vida (1960), 8 1/2 (1963) de Fellini e seu maior sucesso Um Homem, uma Mulher (1966), de Claude Lelouch, que teria se apaixonado por Aimée durante as filmagens deste filme, mas não conseguiu conquistar seu coração, pois ela já estava envolvida romanticamente com o compositor Pierre Barouh (que havia escrito uma música para o filme), com quem se casaria mais tarde. Em Um Homem, uma Mulher, durante uma tarde de domingo, visitando seus filhos no colégio interno, o piloto de corridas Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Tritingnant) e Anne Gauthier (Aimee) se encontram. Assim nos fins de semana, vão conhecendo um ao outro e logo descobrem que ambos são viúvos e começam a se envolver romanticamente. EM 1986 Lelouch reuniu os atores originais na sequencia Um Homem, uma Mulher 20 anos depois. Anouk foi tamben uma ambientalista ativa e porta-voz dos direitos dos animais. É membro do Jane Goodall Institute na França e amiga pessoal da própria Goodall.