PRELO & PELICULA | MARY POPPINS

Por Adilson Carvalho

O ator Dick Van Dyke (Mary Poppins) bateu um recorde histórico este ano no Emmy Awards  durante a edição da premiação voltada à programação diurna. O artista se tornou aos 98 anos o mais velho vencedor do prêmio, ao receber a estatueta por sua participação especial na novela Days of Our Lives. Há 60 anos o ator estrelou ao lado de Julie Andrews o clássico Mary Poppins (1964) dirigido por Robert Stevenson. Na Londres de 1910, George Banks (David Tomlinson), um banqueiro rígido e severo com os filhos escreve um anúncio no jornal em busca de uma governanta. Trazida pelo vento em um guarda-chuva voador, Mary Poppins (Julie Andrews) é  uma babá com poderes mágicos  que transforma a triste rotina da família Banks. Bert (Dick Van Dyke) é um limpador de chaminé que flerta com Mary e a ajuda em sua missão.

O filme é a adaptação do primeiro livro da série escrita pela autora australiana P. L Travers, originalmente publicado nos anos 30. Walt Disney demorou a convencer a autora a autorizar a adaptação, fato mostrado no filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2013), e odiou o resultado final. Por isso nunca autorizou outra adaptação de qualquer um de seus livros, enquanto esteve viva. Travers nao via fidelidade à sua obra, e de fato não há mas o filme consegue, acreditem, ser melhor. No livro a babá magica nao é tão simpática quanto à atuação de Julie Andrews. Esta inicialmente hesitou em aceitar o papel de Mary Poppins. Ela esperava que Jack L. Warner a convidasse para estrelar como Eliza Doolittle em Minha Bela Dama (1964).

A atriz Julie Andrews a esquerda e a autora P.L. Travers a direita

Voltando ao livro, Mary Poppins nas páginas é muito rabugenta em várias situações, bem mais rígida que no filme. Os capítulos do livro encerram passagens bem fechadas e o filme torna tudo mais fluido graças à interação do elenco e ao roteiro de Bill Walsh e Don DaGradi. Bert, o personagem de aparece em um único capítulo, o do passeio no parque, quando ele convida Mary e as crianças para entrarem literalmente dentro de um dos seus quadros. Uma pintura de um belíssimo espaço rural inglês, com direito a um parque de diversões. Essa sequência existe no livro, porém apenas com Mary e Bert, no filme existe um cuidado de sempre inserir as crianças em tudo, jamais são deixadas de lado. A sequência final no banco também não é usada no livro, e tem Dick Van Dyke fazendo um segundo papel, o do idoso Sr. Dawes, que fez de graça já que insistiu muito para que Disney permitisse. As crianças em cena nem sequer o reconheceram sob a pesada maquiagem. No final o publico é a crítica deram ao filme o reconhecimento que Travers negou. O filme foi um sucesso de bilheteria, ganhou 7 Oscars e ainda me fez ter vontade de dançar com pinguins.  Dick Van Dyke fez parecer tão fácil!!!!

Deixe um comentário