Por Adilson Carvalho

Faleceu o ator Bob Newhart aos 94 anos de idade em sua casa de Los Angeles na quinta-feira, 18 de julho, na sequência de uma série de doenças de curta duração. Quando jovem, Newhart serviu na Guerra da Coreia e trabalhou brevemente como contabilista, antes de mudar de carreira e tornar-se o famoso comediante de stand-up e ator que conhecemos e adoramos. A sua primeira aparição foi em 1960 com o álbum de comédia The Button-Down Mind of Bob Newhart, ao qual se seguiu The Button-Down Mind Strikes Back. O seu truque de stand-up recorrente mais famoso consistia em fazer o papel de homem honesto para um homem engraçado implícito, muitas vezes fingindo falar ao telefone e deixando-nos imaginar o que a outra pessoa estava a dizer. Podemos ver isto claramente no seu famoso número, “Nobody Will Ever Play Baseball”, em que faz de fabricante de jogos a ouvir Abner Doubleday, o fundador do basebol, explicar em pormenor a sua ideia para o desporto. (Afinal, o basebol não faz sentido se pensarmos bem nele). Newhart também se tornou conhecido como ator, interpretando o papel principal do psicólogo Bob Hartley em The Bob Newhart Show, uma sitcom que estreou em 1972 e teve 142 episódios. Em 1982, protagonizou uma nova sitcom chamada Newhart, no papel do estalajadeiro e apresentador de talk show Dick Loudon. Bob Newhart participou em séries de televisão como The Dean Martin Show e The Ed Sullivan Show, e foi anfitrião convidado do The Tonight Show Starring Johnny Carson 87 vezes ao longo da sua duração. Apesar da frequência com que substituiu Carson, Newhart nunca quis ser o apresentador permanente do programa. Embora fosse mais famoso pelas suas duas sitcoms, também foi protagonista de filmes de sucesso como O Inferno é Para os Heróis (Hell is for Heroes) em 1962, A Máquina de Fazer Milhões (Hot Millions) em 1968, e Ardil 22 (Catch-22) em 1971. Os espectadores mais jovens provavelmente conhecem melhor Newhart pela sua participação como convidado em Os Simpsons, pelo seu papel recorrente como Arthur Jefferies em A Teoria do Big Bang ou pela sua participação no filme de 2011 Quero Matar Meu Chefe (Horrible Bosses). O mais provável, claro, é que o conheçam melhor como Papa Elf na comédia de Will Ferrell Um Duende em Nova York (Elf), de 2003, onde interpreta o pai adotivo de Buddy, gentil e de pouca energia.