Por Adilson Carvalho

Ao final de Prometheus (2012) haviam mais perguntas do que respostas e o público se resentia da ausência do xenomorfo. Ridley Scott alegou ter interesse de que a prequela desenvolvida fosse estendida em uma trilogia, sendo Prometheus o capítulo inicial e lançando em 2017 Alien Covenant. Noomi Rapace teve sua participação reduzida e Michael Fassbender assumiu dois papéis, dos androides gêmeos David, do filme anterior e Walter, cada um oposto em intenções e moralidade.

Acompanhamos então a nave de colonização USCSS Covenant a caminho do planeta Origae-6, transportando mais de 2000 colonos em hipersono e 1140 embriões humanos. Em 5 de dezembro de 2104, ainda 7 anos e 4 meses antes de seu destino, a nave é atingida por uma explosão de neutrinos de uma ignição estelar próxima, causando grandes danos e iniciando vários incêndios. Os 15 tripulantes não essenciais despertam do hipersono, mas o Capitão Branson (James Franco) é incinerado dentro de sua cápsula. A tripulação sobrevivente consegue controlar o desastre, embora 47 colonos e 16 embriões vieram a óbito. Daniels (Katherine Waterston) a esposa de Branson, fica a frente da missao junto do primeiro oficial Chris (Billy Crudup). A equipe capta uma mensagem que os leva ao planeta que serviu de túmulo para a missão da Prometheus. Uma vez no planeta todos são gradativamente mortos pelos seres criados por David, e que remontam a origem do xenomorfo.

O terceiro filme planejado seria intitulado “Paradise Lost” (Paraíso Perdido), e se concentrado quase que exclusivamente na história dos engenheiros, nas origens da humanidade e em como os engenheiros criaram os humanos e os xenomorfos. As prequelas seriam concluídas com um filme que se liga ao filme original Alien – O 8º Passageiro (1979) e suas sequências. Scott achava que a franquia “Alien” havia perdido seu toque e que os fãs estavam cansados da superexposição da criatura Xenomorfo original e, por isso, ele queria tentar uma abordagem diferente. No entanto, devido às reações divididas dos fãs em relação a Prometheus (2012), ele admitiu mais tarde que estava completamente errado sobre os sentimentos dos fãs em relação à criatura, já que uma das principais críticas havia sido a falta de Xenomorfos. Assim, ele abandonou parcialmente a nova direção e reintroduziu o mito de “Alien” muito antes do planejado. O resultado foi uma narrativa precipitada, espremida entre desenvolver a história pretendida e agradar aos fãs. O que seguiu foi o cancelamento do terceiro filme e a chegada de Alien Romulus que nos leva à direção oposta.