MICHAEL KEATON REVELA SUA EXIGÊNCIA PARA VOLTAR A BEETLEJUICE

Por Adilson Carvalho

Demora um pouco para que “o fantasma que exorciza os vivos” de Michael Keaton apareça adequadamente em Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice), a clássica comédia sobrenatural de Tim Burton de 1988 e, mesmo depois disso, ele só aparece na tela por pouco mais de 17 minutos. Na verdade, Beetlejuice é quase irrelevante para a trama, que gira em torno dos adoráveis e recém-falecidos Maitlands (Geena Davis e Alec Baldwin), que tentam e não conseguem espantar os desanimadores e ainda respirando Deetzes (Catherine O’Hara, Jeffrey Jones e Winona Ryder) de sua casa. É somente no terceiro ato que Beetlejuice se torna o antagonista do filme, dando às duas famílias um inimigo comum contra o qual se unir. Quase 40 anos depois, você poderia pensar que a longa sequência intitulada Os Fantasmas Ainda se Divertem (Beetlejuice Beetlejuice) de Tim Burton – um filme que o próprio Burton creditou por reacender sua paixão pelo cinema – mudaria as coisas, entre Keaton se tornando uma estrela ainda maior nas décadas seguintes e o “bioexorcista autônomo” titular se tornando um personagem verdadeiramente icônico. De acordo com Keaton, no entanto, você estaria errado. Além disso, o ator de Batman e Birdman, indicado ao Oscar, disse que a primeira de suas duas condições para retornar ao filme era que Beetlejuice só poderia ser usado o quanto fosse necessário para a história em questão. “A ideia era: não, não, não, você não pode encher o filme de Beetlejuice, isso vai acabar com ele”, explicou Keaton à GQ. Ele acrescentou que, do seu ponto de vista, o demônio travesso conduz a narrativa geral ainda menos em Os Fantasmas Ainda se Divertem (Beetlejuice Beetlejuice) do que no primeiro filme, mas continua sendo uma peça essencial do quebra-cabeça. Como disse Keaton, “Ele faz mais parte do enredo neste filme do que no primeiro, que é um caso em que essa coisa entra e conduz um pouco o filme”.

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