FESTIVAL DE VENEZA APLAUDE NOVO FILME DE ADRIAN BRODY

Por Adilson Carvalho

Na estreia mundial de The Brutalist, de Brady Cobert, no Festival de Cinema de Veneza, os aplausos foram tão extensos que se teve a sensação de que o público continuaria batendo palmas por tempo suficiente para acompanhar os 215 minutos de duração do filme, se a equipe da Sala Grande permitisse. Estrelado por Adrien Brody, Guy Pearce, Felicity Jones, Joe Alwyn, Alessandro Nivola, Raffey Cassidy, Emma Laird e Isaach de Bankolé, o mais recente filme do diretor Brady Corbet, escrito com sua esposa Mona Fastvold, pode ser resumido como um relato detalhado da vida de um arquiteto brutalista fictício que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e, depois de emigrar para os Estados Unidos, cai na tentativa de construir uma obra-prima para um cliente rico. Embora a Focus Features tenha comprado os direitos internacionais do ambicioso filme, os direitos de distribuição de The Brutalist nos EUA ainda estão em aberto. Em sua primeira exibição pública na La Biennale, era possível perceber que o épico do pós-guerra estava sendo bem recebido pelo público quando houve aplausos entusiasmados no final do primeiro ato (o filme de mais de três horas e meia tem um intervalo). Logo após a exibição do filme para a imprensa e a indústria no dia anterior à estreia, já havia rumores de que o filme de Corbet seria a provável escolha para ganhar o Leão de Ouro, já que é um dos títulos da Competição Principal. No início do dia, Corbet começou a coletiva de imprensa do filme emocionado, aproveitando um momento para agradecer aos programadores do festival, “porque quando ninguém estava apoiando esses filmes, esse festival estava, e ele realmente tornou meus filmes possíveis”. O diretor de Vox Lux teve seus dois filmes anteriores estreados em Veneza, com sua estreia na direção, The Childhood of a Leader, que lhe rendeu dois prêmios, o Luigi De Laurentiis Award para um filme de estreia e o de melhor diretor na seção Horizontes (Orizzonti) do festival. Mais tarde, o diretor disse: “Esse foi um filme incrivelmente difícil de fazer. Estou muito emocionado hoje porque estou trabalhando nele há sete anos, e parecia urgente todos os dias durante parte de uma década. Estou muito grato a todos que passaram três horas e meia com ele na noite passada. Passaremos três horas e meia com ele ainda hoje. E ao elenco e à equipe que tornaram esse filme possível, porque esse filme faz tudo o que nos dizem que não podemos fazer.”

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