FELIZ ANIVERSARIO | BRIGITTE BARDOT

Por Adilson Carvalho

Aos 90 anos, completados hoje, Brigitte Bardot é uma lenda viva do cinema, cantora, modelo, ativista pelos direitos dos animais e prestes a ter o documentário Bardot exibido nos cinemas (a partir de maio de 2025). Famosa por retratar personagens com estilos de vida hedonistas, ela é um dos símbolos mais conhecidos da revolução sexual. Embora tenha se retirado do setor de entretenimento em 1973, ela continua sendo um ícone importante da cultura pop. Atuou em 47 filmes, participou de vários musicais, gravou mais de 60 músicas e recebeu o prêmio Legião de Honra em 1985.

Nascida e criada em Paris, Bardot foi uma aspirante a bailarina durante sua infância. Iniciou sua carreira de atriz em 1952 e alcançou reconhecimento internacional em 1957 por seu papel em E Deus Criou a Mulher (1956), chamando a atenção de muitos intelectuais franceses e ganhando o apelido de “gatinha sexual”. Ela foi tema de The Lolita Syndrome, o ensaio da filósofa Simone de Beauvoir em 1959, que a descreveu como uma “locomotiva da história das mulheres” e se baseou em temas existencialistas para declará-la a mulher mais liberada da França. Ela ganhou o prêmio David di Donatello de Melhor Atriz Estrangeira em 1961 por seu trabalho em The Truth (1960). Mais tarde, Bardot estrelou o filme Le Mépris (1963), de Jean-Luc Godard. Por seu papel no filme, Viva Maria! (1965), de Louis Malle. O lendário presidente francês Charles de Gaulle chamou Bardot de “a exportação francesa tão importante quanto os carros da Renault”.

Nos anos 60 casou-se com o diretor Roger Vadim, contra a vontade de seus pais. Certa vez, Bardot enfiou a cabeça em um forno com fogo aberto como reação à oposição de seus pais, s a impediram, vindo a aceitar o relacionamento, com a condição de que ela se casasse com Vadim aos 18 anos, e com quem ficou casada apenas por quatro anos. Juntos, Bardot e Vadim fizeram dois filmes apenas: E Deus Criou a Mulher (1956) e Se Don Juan Fosse Mulher (1973). Não demorou para que Hollywood levasse Bardot para a América, onde estrelou o Western Shalako (1968) ao lado de Sean Connery e Stephen Boyd e a comédia Minha Querida Brigitte (1965) interpretando ela mesma. Na história do filme James Stewart é um professor de literatura cujo filho de 8 anos (Billy Mummy, da série Perdidos no Espaço) é um gênio da matemática que sonha em conhecer Brigitte Bardot.

Além de Vadim, Brigitte se casou outras três vezes. De acordo com suas próprias contas, ela teve um total de 17 relacionamentos românticos. Bardot disse certa vez: “Sempre procurei a paixão. É por isso que muitas vezes fui infiel. E quando a paixão estava chegando ao fim, eu estava arrumando minha mala”. De seu relacionamento com o ator francês Jacques Charrier tiveram o filho Nicolas-Jacques Charrier, nascido em 11 de janeiro de 1960, único filho da atriz. Polêmica e rebelde, Brigitte não queria se prender a ninguém e depois que ela e Charrier se divorciaram em 1962, o filho deles foi criado pela família Charrier e teve pouco contato com sua mãe biológica até a idade adulta. Bardot ainda teve um caso com Glenn Ford (Gilda) no início da década de 1960. Segundo a própria, Sean Connery tentou seduzí-la, mas a atriz o rejeitou dizendo pouco depois “Não durou muito tempo porque eu não era uma garota James Bond! Nunca sucumbi ao seu charme!” . Em 1974, um ano depois de anunciar sua aposentadoria como atriz, Bardot apareceu em uma sessão de fotos nua na revista Playboy, mostrando ainda o forte sex-appeal que ainda exercia no imaginário dos homens aos 40 anos.

Em 1986, tornou-se vegetariana e criou a Brigitte Bardot Foundation for the Welfare and Protection of Animals (Fundação Brigitte Bardot para o bem-estar e a proteção dos animais) arrecadando três milhões de francos (cerca de 430.000 dólares americanos de 1986 para financiar a fundação leiloando joias e objetos pessoais. A causa da defesa dos animais passou a ocupar integralmente seu tempo, e em 1999, Bardot escreveu uma carta ao presidente chinês Jiang Zemin, publicada na revista francesa VSD, na qual ela acusava os chineses de “torturar ursos e matar os últimos tigres e rinocerontes do mundo para fabricar afrodisíacos. Em 22 de abril de 2011, o ministro da cultura francês Frédéric Mitterrand incluiu oficialmente as touradas no patrimônio cultural do país, levando a atriz a escreveu uma carta de protesto altamente crítica. Um mito vivo, Brigitte Anne-Marie Bardot nunca deixou de chamar a atenção para suas ações e mostrou que existe mais do que apenas a beleza para fazer uma vida ser frutífera e próspera, muito além do que uma figura cultura pop, pois para isso Deus fez a mulher !

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