POr Adilson Carvalho

Depois do fracasso de bilheteria de Star Trek: Nemesis (2002) , a Paramount decidiu aposentar de vez a tripulação do Capitão Picard (Patrick Stewart) e investir em um reboot da série clássica, entregando o comando nas mãos do diretor e produtor J.J.Abrams. Este já havia declarado nunca ter sido grande fã da saga televisiva criada por Gene Roddenberry em 1966. Roberto Orci e Alex Kurtzman decidiram usar o recurso da viagem no tempo para realinhar a narrativa de Star Trek, se livrando assim do fardo de décadas de cronologia interligando na época 5 séries de TV, 1 série animada e 10 longas para o cinema, sendo 6 com o elenco original e 4 com a chamada Nova Geração. O triunfo do filme de Abrams foi criar uma realidade alternativa para os personagens tão queridos, que há décadas se tornaram parte indelevável da cultura pop. Foram três filmes produzidos dentro dessa continuidade nova, trazendo no elenco Chris Pine (Capitão Kirk), Zachary Quinto (Spock), Karl Urban (Dr. McCoy), Zoe Saldaña (Uhura), Simon Pegg (Sr. Scotty), John Cho (Sr. Sulu), Anton Yelchin (Chekov), Bruce Greenwood (Capitão Pike) e ainda Leonard Nimoy como o Spock do futuro. Os filmes chegaram à Netflix desde 26 de setembro. Os filmes são:

Star Trek (2009). Conta a história de James Tiberious Kirk (Chris Pine), um jovem rebelde que se junta à formação de cadetes para a Frota Estelar. Lá, ele conhece Spock (Zachary Quinto), um vulcano que deixou seu planeta por ser metade humano e discordar do preconceito. Durante o treinamento e na primeira missão, os dois vivem experiências diferentes devido aos seus estilos opostos. Juntos com outros membros da tripulação da U.S.S. Enterprise, a nave espacial mais avançada da época, eles vivem uma grande desafio na figura do cruel romulano Nero (Eric Bana), vindo do futuro e capaz de destruir planetas e sistemas em uma missão de vingança contra Spock (Nimoy / Quinto).

Star Trek : Além da Escuridão (2013). Em sua nova missão, a tripulação da nave Enterprise é enviada para um planeta primitivo, que está prestes a ser destruído devido à erupção de um vulcão. Spock (Zachary Quinto) é enviado para dentro do vulcão, onde deve deixar um dispositivo que irá congelar a lava incandescente. Entretanto, problemas inesperados fazem com que ele fique preso dentro do vulcão, sem ter como sair. Para salvá-lo, James T. Kirk (Chris Pine) ordena que a Enterprise saia de seu esconderijo no fundo do mar, o que faz com que a nave seja vista pelos seres primitivos que habitam o planeta. Esta é uma grave violação das regras da Frota Estelar, o que faz com que Kirk perca o comando da nave para o capitão Pike (Bruce Greenwood). A situação muda por completo quando John Harrison (Benedict Cumberbatch), um renegado da Frota Estelar, coordena um ataque a uma biblioteca pública, que oculta uma importante base da organização. Não demora muito para que Kirk seja reconduzido ao posto de capitão da Enterprise e enviado para capturar Harrison em um planetóide dentro do império klingon, que está à beira de uma guerra com a Federação. O filme reencena o desfecho de Star Trek : A Ira de Khan (1982), invertendo as posições de Kirk e Spock.

Star Trek: Sem Fronteiras (2016). Desta vez, Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e a tripulação da Enterprise encontram-se no terceiro ano da missão de exploração do espaço prevista para durar cinco anos. Eles recebem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico vilão Krall (Idris Elba), um insurgente anti-Frota Estelar interessado em um objeto de posse do líder da nave. A Enterprise é atacada, e eles acabam em um planeta desconhecido, onde o grupo acaba sendo dividido em duplas. Com roteiro de Simon Pegg e Doug Jung, o filme foi usado como parte das comemorações dos 50 anos da série, além de ter servido de epitáfio para os saudosos Leonard Nimoy e Anton Yelchin, que haviam falecido então.