Por Adilson Carvalho

A 3° cerimônia de premiação do FENACIN (Festival Nacional do Cinema Nacional) está sendo preparada para 8 de novembro em Santa Maria (RS). Organizado pelo diretor de cinema Jayme Filho, o FENACIN selecionou 62 curtas de todo o país, que concorrem a 19 prêmios em 5 gêneros analisados pela curadoria de um time de 56 especialistas do cinema de todo o país. as categorias são melhor curta de ficção, melhor curta de documentário, melhor curta de animação, melhor vídeoclip, melhor vídeo experimental, melhor direção de ficção, melhor direção de documentário, melhor direção de fotografia de ficção, melhor direção de arte de ficção, melhor roteiro original de ficção, melhor trilha sonora original de ficção, melhor som, melhor edição & montagem, melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor produção de acessibilidade. A premiação será aberta ao público na Sedufsm, em Santa Maria no Rio Grande do Sul, com transmissão pela página oficial do Fenacin, no Facebook. Vamos conferir uma rápida conversa com o diretor Jayme Filho, o idealizador e diretor geral do Festival:
Adilson: O que o motivou a criar o Fenacin?
Jayme Filho: Como tenho uma Cia Independente de Cinema, e realizamos curtas-metragens o ano inteiro de forma independente, sem patrocínio e nem dependendo de projetos, eu tinha curiosidade de saber quem faz Cinema de forma independente, não só aqui no Sul, mas em todo o País. Nos Festivais que já temos, a grande maioria das produções são Universitárias, Estudantis ou realizado por grandes produtoras, então eles não são considerados Cinema Independente pois tem o apoio das Universidades ou outros órgãos que tem todo e qualquer equipamento para dar suporte. Queremos saber quem de fato faz Cinema Independente, que arregaça as mangas e vai à luta. Fazia tempo que eu tinha essa ideia de lançar um Festival para filmes independentes, mas quando eu falava a respeito, as pessoas se encolhiam ou não acreditavam que iria dar certo, pois não tínhamos recursos e nem dependíamos de Projetos. E fiz parceria com a Piazito Arte e Cultura e com o Studio Stefanello, que sempre foram meus apoiadores e parceiros em minhas produções. Eles abraçaram a ideia comigo e a primeira edição foi um sucesso. Este é o primeiro ano em que o festival conta com o financiamento da Lei Paulo Gustavo

Adilson: O que mudou na atual edição do Festival?
Jayme Filho: Tivemos muitos acertos e também alguns erros, que já corrigimos, e exemplo disso foi que na 2° edição (2022) diminuímos o número de selecionados para a Mostra Competitiva para o Festival. Outra mudança foi a inclusão dos gêneros de videoclipe musical e Vídeo Experimental. Atualmente temos cerca de 56 jurados , divididos em grupos, e cada grupo irá julgar o gênero (Ficção, documentário, animação, videoclipe musical e vídeo experimental) para o qual foi designado. Assim os jurados não ficam sobrecarregados .
Adilson: Quais os critérios para que um filme possa ser inscrito no Fenacin?
Jayme Filho: A produção para ser aceita no Fenacin não poderá exceder o tempo limite estipulado no regulamento : Ficção, Documentário e Animação – 20 minutos, videoclipe Musical – 5 minutos, e vídeo Experimental – 10 minutos. Os filmes inscritos serão assistidos e avaliados por uma Curadoria composta por 15 pessoas, que irão selecionar os filmes que irão ser julgados pelos jurados.