Por Adilson Carvalho

Em 1996, dois sucessos de bilheteria notáveis, cada um baseado em programas de TV, foram lançados pela Paramount. Em 22 de maio, Missão: Impossível, de Brian De Palma, chegou às telas, detalhando as aventuras do superespião Ethan Hunt (Tom Cruise) em sua fuga após ser incriminado por matar seus companheiros de equipe de superespiões. Foi um grande sucesso e preparou o terreno para uma franquia de super-ação que perdura até hoje. O filme custou US$ 80 milhões para ser feito, mas rendeu US$ 457 milhões nas bilheterias. Seis meses depois, em 22 de novembro, o oitavo filme da franquia Star Trek, Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, foi lançado com grande sucesso. Este era baseado em Star Trek : A Nova Geração e apresentava um enredo de viagem no tempo em que a U.S.S. Enterprise viajava de volta ao ano de 2063 para enfrentar os ciborgues malévolos conhecidos como Borg. Não era tão ponderado ou diplomático quanto a série na qual se baseou, mas mesmo quem não era fã da série gostou da virada do filme para a ação de alta octanagem. Esse filme custou apenas US$ 45 milhões, mas faturou impressionantes US$ 146 milhões. Uma conexão divertida entre as franquias: os roteiristas Ronald D. Moore e Brannon Braga escreveram tanto Primeiro Contato quanto o primeiro de Missão: Impossível 2, de 2000. Parece que o sucesso de Primeiro Contato manteve Moore e Braga no mapa profissional, convidando os executivos da Paramount a chamá-los para uma sequência do filme de ação de Tom Cruise. Deve-se dizer que a produção de Missão: Impossível 2 foi notoriamente bagunçada. Por fim, John Woo foi escolhido como diretor, mas isso foi depois que o projeto já havia passado pelas mãos de Oliver Stone, trabalhando com um roteiro existente de David Marconi e Michael Tolkin. Moore e Braga eram, naquele momento de suas carreiras, mais conhecidos por seu trabalho em Star Trek e não tinham muita experiência em longas-metragens. Essa seria uma grande oportunidade para eles.