Por Adilson Carvalho

Cher não se conteve durante uma entrevista ao The Times para promover seu novo livro de memórias, Cher: The Memoir Part 1. A estrela estava refletindo sobre sua carreira cinematográfica vencedora do Oscar quando revelou: “Há apenas dois diretores de quem eu não gostava: Peter Bogdanovich e o cara de ‘Os Muppets’”. Ela trabalhou com o primeiro em Marcas do Destino (Mask), de 1985, pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes, e o segundo foi Frank Oz, que a dirigiu em Minha Mãe é Uma Sereia (Mermaids), de 1990. “Na verdade, fiz com que o cara de ‘Os Muppets’ fosse demitido”, lembrou Cher. “Eu disse: ou você vai embora ou eu vou embora, o que é uma pena, porque ele é um diretor muito bom, mas ele tinha uma queda por mim. Ele dizia: ‘Pelo menos minha esposa me ama!’” Já Peter Bogdanovich foi um desafio maior em Marcas do Destino (Mask). O filme contava a história real de Roy L. “Rocky” Dennis (Eric Soltz), um garoto com um raro distúrbio genético chamado displasia craniodiafisária, que causa aumentos cranianos desfigurantes. Cher foi aclamada por interpretar a mãe instável e ferozmente protetora de Rocky. Bogdanovich, que faleceu em janeiro de 2022, disse certa vez em uma entrevista que era difícil trabalhar com Cher e que ela “não confiava em ninguém, especialmente nos homens”. “Ele era um babaca”, disse Cher ao The Times sobre Bogdanovich. “Ele não era legal com as garotas do filme e era muito arrogante. Eu realmente, realmente não gostava dele.”
Em um dia de filmagem, Cher lembrou que Bogdanovich “chegou e disse: ‘Cher, onde você acha que deveríamos filmar essa cena? E eu disse: “Bem, a cozinha está funcionando muito bem, por que não fazemos isso de novo? Na manhã seguinte, ele chega ao set comendo um sanduíche de ovo e começa a gritar que não vai me deixar dirigir esse filme; eu não sou ninguém; ele pode me cortar a qualquer momento. Ah, sim, ele era um porco”.

“Pergunte a todo mundo: É muito fácil trabalhar comigo”, continuou Cher. “Não sou arbitrária nas coisas que digo, porque o certo é fazer o que o diretor quer até que você precise se manifestar. Meryl diz que, se o diretor quiser que você faça algo de que não gosta, você diz: ‘Sim, sim, sim, farei desse jeito’. Então você faz do seu jeito e eles nem percebem. Trabalhei com Bob Altman, Mike Nichols, Norman Jewison… Diretores realmente excelentes que eu respeito. Sei quando devo ouvir”.