Releitura dos artigos publicados no site da extinta Rádio Vintage
Por Sergio Cortez
Retrato Em Branco & Preto: Analógicos, Graças a Deus!

O contínuo e célere processo de evolução tecnológica nos proporciona a comodidade de ter à disposição mecanismos de mídia cada vez mais eficientes, confiáveis e com grande capacidade de armazenamento. Porém, não podemos esquecer que há apenas três décadas os dispositivos analógicos ainda reinavam nos lares e nas empresas de comunicação.
Lançada em 1963 pela Phillips, a fita cassete foi uma opção e tanto para quem desejava gravar ou reproduzir arquivos de áudio. Menor que os vinis, podia ser levada no bolso e seu uso profissional ou pessoal demandava tão somente um gravador portátil. Na dedada de 1980, foi a vez do simpático walkman, outro equipamento que modificou costumes, uma vez que possibilitou maior liberdade de escolha aos apreciadores da música, até então subjugados aos interesses de rádios, produtoras e distribuidoras de mídia.
Já para as emissoras de rádio, a fita cassete representou uma forma de reprodução mais confiável que os vinis. É fato que às vezes o rolo embolava, mas isso era mais raro em cartuchos profissionais, que proporcionavam ainda vantagens como não arranhar, nem pular ou mesmo agarrar n’algum “buraco de fábrica”, como eventualmente ocorria com discos.
Faz tempo que a fita cassete deixou de ser produzida pelos fabricantes de outrora. Todavia, assim como o velho LP, resiste em desaparecer completamente, para alegria dos saudosistas de plantão – que podem bradar sem nenhum constrangimento: analógicos, graças a Deus!
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