Por Adilson Carvalho

Como esperado, a segunda temporada de Round 6 (The Squid Game) foi um sucesso imediato e maciço. A segunda temporada estreou com 68 milhões de visualizações em seus primeiros quatro dias de disponibilidade – mais do que qualquer outra série da Netflix alcançou em sua semana de estreia, superando o recorde que Vandinha estabeleceu com 50,1 milhões de visualizações em 2022. A segunda temporada de Round 6 acerta em não repetir simplesmente a mesma estrutura narrativa da primeira. Claro, que lá estão as brincadeiras mortais, e o popular batatinha frita 1,2,3, mas os dois primeiros episódios investem nas tentativas de Gi-Hun (Lee Jung-Jae) de localizar o recrutador dos jogos (Gong Yoo), e daí descobrir o mestre dos jogos e parar com eles. Quando estamos finalmente de volta à ilha dos jogos, Gi-Hun se surpreende com mudanças na sequência dos jogos e a pouca cooperatividade dos jogadores, a maioria dos quais decidida a seguir em frente com os jogos mortais em vez de se juntarem a revolução pretendida por Gi~Hun, que nem desconfia que o jogador nº1 (Lee Byung-Hun) é o mestre infiltrado que assim acata o desafio de Gi-Hun. Quando um iludido Gi-Hun inicia sua planejada revolta, o rumo da história torna-se ainda mais instigante. Em tempos de reeleição de Trump na América, é visível na série paralelos com o mundo atual, o capitalismo selvagem, a cobiça desenfreada e sub-leituras que misturam bem ação e humor à medida que os sete episódios exploram os novos personagens. A temporada acaba com um gancho bem elaborado que deixa a trama aberta para a 3ª temporada, que segundo a Netflix chegará em breve.