Por Adilson Carvalho

Chegou aos cinemas nesta quinta (09/01) A Semente do Fruto Sagrado (Dâne-ye anjîr-e ma’âbed / The Seed of the Sacred Fig), do diretor e roteirista iraniano Mohammad Rasoulof (“Não Há Mal Algum“), distribuído pela Mares Filmes. O filme foi proibido no Irã por causa do ativismo do diretor contra a política em Teerã, e o diretor e roteirista Mohammed Rassoulof precisou fugir do país depois de ameaçado. O filme está pré-selecionado para representar a Alemanha na campanha para o Oscar de melhor filme não falado em Inglês, além de ter levado o prêmio de melhor diretor pela Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles, e de ter recebido honrarias em Cannes, European Film Awards e National Board Reviews. Co-produção entre Irã, França e Alemanha já que a política do Irã não permite tal representação internacional, o filme foi filmado quase inteiramente em segredo, produzido com financiamento de várias empresas na França e na Alemanha. A história do filme gira em torno do juiz de instrução Iman (Missagh Zareh) que passa a desconfiar quando sua arma desaparece e que sua esposa e filhas podem estar envolvidas na morte de uma jovem. Levado pela paranoia e o clima de tensão política, o juiz é levado a tomar medidas extremas que afetam os laços familiares. O filme mostra o abalo psicológico da regime violento do país e como famílias são afetadas. O filme chegou a ser anunciado como um dos favoritos de 2024 do ex presidente Barack Obama, e agora chega ao Brasil pela Mares Filmes.