FÍSICO NEIL DEGRASSE TYSON FALA DO APURO DOS FILMES DE FICÇÃO CIENTÍFICA

POr Adilson Carvalho

Em sua participação no programa The Late Show with Stephen Colbert, o renomado astrofísico Neil DeGrasse Tyson ressaltou que, ocasionalmente, Hollywood acerta. O físico chamou a atenção para o fato de que o céu em Titanic (1998) estava incorreto, mas achava que se um cientista e engenheiro habilidoso estivesse envolvido, menos pessoas teriam se afogado. Ele queria que o Jack de Leonardo DiCaprio fosse mais parecido com o Dr. Watney, interpretado por Matt Damon em Perdido em Marte (2015). Tyson adora o filme de Ridley Scott, pois ele de fato explora a física real e as preocupações práticas da viagem espacial. Tyson até explicou a exatidão científica de Perdido em Marte em um ensaio em vídeo para a Slate. De fato, Tyson publicou um vídeo em seu próprio canal, StarTalk, no qual classificou os filmes de ficção científica com base em sua precisão (ou falta dela), conceitos amplos e até mesmo filosofia. Ele classificou O Buraco Negro (1979) como um dos filmes mais significativos que já viu, simplesmente porque era muito ruim. Ele viu o filme na faculdade e ficou indignado com o fato de não ter sido feita nenhuma pesquisa quando o filme foi escrito. Mas ele também adorou Matrix (1999), apesar da impraticabilidade de usar cérebros humanos como fonte de energia. Tyson também citou positivamente filmes como Contato (1997), Interestelar (2015), Gravidade (2013), A Chegada (2016), e até mesmo o clássico A Bolha Assassina (1958), que ele disse ser a representação mais precisa de um alienígena de todos os tempos. Por que, afinal, um alienígena seria um bípede semelhante ao ser humano? Mas saiba que Tyson também listou De volta para o Futuro (1985), de Robert Zemeckis, como um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos… simplesmente porque é divertido e bem escrito. Sim, é possível criticar a ciência da viagem no tempo e como a causalidade não funciona da mesma forma que no filme de Zemeckis, mas Tyson pode também se divertir no cinema, mesmo que queira atrair atenção para o apuro da ciência.

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